(ANSA) – O ministro da Defesa de Israel, Moshe Ya’alon, afirmou nesta quinta-feira (10) que tropas russas já estão na Síria para ajudar o regime de Bashar al Assad a combater o Estado Islâmico (EI). O político disse que Moscou enviou conselheiros militares e uma força ativa para preparar uma base aérea em Latakia, no extremo oeste do país árabe. Segundo Ya’alon, o local pode ser usado como ponto de partida para ataques de caças contra o grupo jihadista.
A presença de soldados da Rússia na Síria aumentou os temores no “Ocidente” de que o presidente Vladimir Putin queira defender Assad. “Estou preocupado com as notícias de um aumento da presença militar russa na Síria, que não contribuirá para resolver o conflito. É importante apoiar todos os esforços para encontrar uma solução política”, declarou o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg.
Já o ministro das Relações Exteriores da Itália, Paolo Gentiloni, disse esperar que o fortalecimento militar de Moscou em Damasco seja “menos grave do que parece”. “A ilusão de resolver a situação de forma armada seria uma complicação, um desenvolvimento negativo”, ressaltou.
Por outro lado, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, destacou que os especialistas enviados pelo país apenas treinarão soldados sírios para usar equipamentos bélicos comprados da Rússia e não participarão do conflito. Além disso, o ministro das Relações Exteriores Sergei Lavrov garantiu que o governo russo continuará a ajudar Damasco e a equipar seu Exército com “tudo o que for necessário” para evitar outro “cenário líbio”, fazendo referência aos confrontos na nação africana após a queda de Muammar Kadafi, em 2011.
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