(ANSA) – A operação antiterrorismo da Rússia na cidade síria de Aleppo “chegou ao fim” e as forças fiéis ao presidente Bashar al-Assad agora “tem pleno controle da zona oriental”, informaram autoridades russas nesta terça-feira (13).
Segundo o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, agora “inicia-se a fase das ações humanitárias concretas” e que a situação “está sob controle”.
O anúncio do fim dos combates ocorre horas depois de representantes russos terem informado às Nações Unidas (ONU) que estavam dispostos a respeitar um cessar-fogo para que os rebeldes – que lutam contra o governo de Assad – e os civis pudessem deixar a região.
O acordo havia sido também confirmado por Osama Abu Zayd, conselheiro-geral do Exército Livre da Síria, uma das maiores forças contra Assad. Segundo ele, a trégua já começa a valer na noite de hoje, quando um primeiro grupo de pessoas iria deixar a cidade.
Se confirmado o fim dos ataques, ele ocorre em um dia que a ONU voltou a condenar fortemente as ações militares dos russos, que atuam em prol de Assad, contra os rebeldes na cidade.
O secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon, afirmou que estava “preocupado” com as notícias das atrocidades cometidas contra civis, incluindo mulheres e crianças, e destacou que “todas as partes têm a obrigação de proteger os civis e de respeitar o direito internacional humanitário”. No entanto, Ban Ki-moon ressaltou que há uma “particular responsabilidade do governo sírio e de seus aliados”.
Já o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos fez um apelo para que a comunidade internacional envie observadores independentes para Aleppo para monitorar a situação dos civis. Segundo a entidade, “o que está ocorrendo em Aleppo poderá se repetir em Duma, Raqqa, Idlib” e “nós não podemos permitir isso”.
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