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Rússia acusa Polônia e Ucrânia de tentarem provocar conflito com Otan

Otan isentou a Ucrânia de qualquer culpa: "a Rússia tem a responsabilidade final”

O representante permanente da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, disse nesta quarta-feira (16) que a Ucrânia e a Polônia tentaram provocar “um confronto direto entre a Rússia e a Otan”.

Durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, Nebenzya afirmou que “se a reunião não fosse marcada, teria que ser convocada para abordar as tentativas da Ucrânia e da Polônia de provocar um confronto direto entre a Rússia e a Otan”. “É impossível perceber de outra forma as declarações absolutamente irresponsáveis ​​feitas pelas lideranças destes dois Estados”, sublinhou.

O representante russo indicou que quando o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, culpou Moscou, era impossível para ele ignorar que “precisamente os mísseis ucranianos lançados pelo sistema de defesa antiaérea” atingiram o território da Polônia.

Segundo ele, “isso significa que não se trata apenas de desinformação deliberada, mas de uma tentativa consciente de envolver a Otan” em um confronto direto com a Rússia. Neste contexto, Nebenzya lembrou ainda que as autoridades polacas garantiram “categoricamente desde o início” que foram atacadas pela Rússia.

Nebenzya chamou de “deficiente” a lógica ocidental da responsabilidade da Rússia pela queda de um míssil na Polônia.

Otan isenta Ucrânia de culpa

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, disse que “não há indícios” de que a Rússia tenha conduzido um “ataque deliberado” contra a Polônia, onde duas pessoas morreram na explosão de um míssil na última terça (15).

A declaração chega em meio às crescentes suspeitas de que o projétil tenha sido lançado por sistemas de defesa antiaérea da Ucrânia, empenhados em conter um intenso bombardeio promovido por Moscou.

“As investigações estão em curso, precisamos esperar seu resultado, mas não temos indícios de que as explosões sejam fruto de um ataque deliberado e não temos indícios de que a Rússia esteja preparando um ataque à Otan”, disse Stoltenberg.

Segundo ele, análises preliminares apontam que o incidente foi provocado por um “míssil de defesa antiaérea ucraniano”. Ainda assim, o líder da Otan isentou Kiev de culpa. “Isso não é culpa da Ucrânia. A Rússia tem a responsabilidade final”, disse Stoltenberg.

“O incidente é resultante do lançamento massivo de mísseis russos sobre a Ucrânia. Essa é a demonstração de que a guerra de Putin cria situações perigosas”, acrescentou, e, por outro lado, descartou instituir uma zona de exclusão aérea sobre o território ucraniano.

O governo polonês chegou a dizer que o míssil tinha “fabricação russa”, porém o próprio presidente Andrzej Duda afirmou nesta quarta que “não há provas inequívocas” sobre a origem do projétil nem de que tenha sido um “ataque” ao país. “Foi provavelmente um incidente infeliz”, ressaltou.

Varsóvia também não ativou o artigo 4 do tratado da Otan, que diz que as partes se consultarão sempre que a integridade territorial de alguma delas estiver ameaçada. Já a Rússia alega que a explosão na Polônia foi uma “provocação” da Ucrânia.

Presidente ucraniano insiste em culpar a Rússia

Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, disse que “não tinha dúvidas” sobre um relatório que recebeu de seus principais comandantes “que não era nosso míssil ou nosso ataque de míssil”. As autoridades ucranianas devem ter acesso ao local e participar da investigação, acrescentou.

“Digamos abertamente, se, Deus me livre, algum remanescente (das defesas aéreas da Ucrânia) matou uma pessoa, então precisamos nos desculpar”, disse ele. “Mas primeiro precisa haver um problema, acesso – queremos obter os dados que você tem.”

Antes das avaliações polonesas e da Otan, o presidente dos EUA, Joe Biden, havia dito que era “improvável” que a Rússia disparasse o míssil, mas acrescentou: “Vou garantir que descobriremos exatamente o que aconteceu”.

Um porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia em Moscou disse que nenhum ataque russo na terça-feira estava a menos de 35 quilômetros (22 milhas) da fronteira Ucrânia-Polônia. O Kremlin denunciou a resposta inicial da Polônia e de outros países e, em raro elogio a um líder dos EUA, saudou a “reação contida e muito mais profissional” de Biden.

“Testemunhamos outra reação histérica, frenética e russo-fóbica que não foi baseada em nenhum dado real”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

O presidente polonês, Andrzej Duda, disse que o míssil era provavelmente um S-300 de fabricação russa, datado da era soviética. A Ucrânia, que já fez parte da União Soviética, possui armamento de fabricação soviética e russa e também apreendeu muito mais armas russas enquanto repelia as forças de invasão do Kremlin.

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Romário Nicácio

Administrador de redes, estudante de Ciências e Tecnologia (C&T) e Jornalismo, que também atua como redator de sites desde 2009. Co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, com um amplo conhecimento em diversas áreas.Com uma vasta experiência em redação, já contribuí para diversos sites de temas variados, incluindo o Notícias da TV Brasileira (NTB) e o Blog Psafe. Sua paixão por tecnologia, ciência e jornalismo o levou a buscar conhecimentos nas áreas, com o objetivo de se tornar um profissional cada vez mais completo.Como co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, tenho a oportunidade de explorar ainda mais minhas habilidades e se destacar no mercado, como um profissional dedicado e comprometido com a entrega de conteúdo de qualidade aos seus leitores.Para entrar em contato comigo, envie um e-mail para romario@oportaln10.com.br.

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