O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou nesta sexta-feira (4) que completou a convocação de 300 mil reservistas anunciada em setembro. Agora, o líder russo alistará, obrigatoriamente, pessoas condenadas por crimes graves no país.
Nesta manhã, Putin assinou uma lei que prevê a convocação de prisioneiros, de acordo com a agência de notícias estatal russa Interfax.
A nova convocação gerou temores de que Moscou esteja planejando uma ação de longo prazo na Ucrânia, com reposição de tropas.
Mais cedo, o presidente russo afirmou que as Forças Armadas do país já conseguiram convocar 318 mil reservistas, quantidade média prevista no anúncio inicial da polêmica medida, no fim de setembro. A maioria deles são jovens que não tinham qualquer experiência com o Exército.
Convocação de reservistas
Em 21 de setembro, em um discurso televisionado sem precedentes desde o início da guerra da Ucrânia, Putin anunciou a convocação de reservistas, o que gerou revolta de parte da população e fuga de centenas de jovens do país.
Foi a primeira vez que o líder russo – que durante muito tempo tentava evitar a narrativa de guerra dentro do país, inclusive proibindo todos os meios de comunicação de mencioná-la – levou o conflito para dentro de seu território.
O anúncio gerou também uma série de protestos por toda a Rússia – o que, por lá, é ilegal.
A medida foi parte de uma tentativa de Moscou de retomar o controle na guerra, após a Ucrânia começar uma forte operação de reconquista dos territórios controlados por forças russas, com apoio logístico e militar de países do Ocidente.
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