O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não descarta o estabelecimento de uma aliança militar entre Moscou e Pequim, embora tenha destacado que, “em geral”, nem seu país nem a China precisem de tal pacto.
“As relações entre a Rússia e a China atingiram um nível sem precedentes. Tratamos uns aos outros com grande confiança, desenvolvemos laços fortes, estáveis e, o mais importante, eficazes em todas as áreas”, disse o chefe de Estado russo durante um reunião do Valdai International Debate Club no dia 22 de outubro.
“É possível imaginar tudo. […] Em geral, não precisamos [de uma aliança militar], mas, teoricamente, é bem possível”, acrescentou Putin.
A Rússia e a China já cooperam em várias áreas, inclusive nas forças armadas, e Moscou e Pequim realizam exercícios conjuntos em terra e no mar regularmente; na verdade, os soldados chineses se juntaram às manobras russas Kavkaz-2020 em grande escala ao lado da Armênia, Bielo-Rússia, Irã, Mianmar e Paquistão.
Vladimir Putin destacou que Rússia e China “trocam boas práticas no campo da construção militar” e têm uma cooperação de alto nível na esfera tecnológica, relação que beneficia as Forças Armadas russas e aumenta a capacidade de defesa da China.
Na verdade, o presidente explicou que “[não se trata apenas de troca de artigos ou venda de produtos militares, mas de troca de tecnologias. E aqui tem coisas muito delicadas”.
Por outro lado, o presidente da Rússia ressaltou que o volume de comércio entre Rússia e China ultrapassou 111 bilhões de dólares em 2019, acrescentando que Moscou está pronta para desenvolver relações com Pequim em todas as áreas.
“No momento, a Rússia e a China estão implementando grandes projetos conjuntos em energia e outras esferas da economia, ao mesmo tempo que fortalecem sua cooperação na arena internacional”, concluiu Putin.
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