O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou na quinta-feira (6) que os países da Otan devem lançar um ataque “preventivo” contra a Rússia.
“O que a OTAN deve fazer? Eliminar a possibilidade de a Rússia usar armas nucleares. Mas o importante, eu apelo novamente à comunidade internacional, como antes de 24 de fevereiro: ataques preventivos, para que eles [os russos] saibam o que acontecerá com e não o contrário”, disse o presidente durante uma conferência no Lowy Institute da Austrália.
O porta-voz presidencial russo, Dmitri Peskov, pediu à comunidade internacional que preste atenção à declaração do presidente ucraniano. “Os Estados Unidos, o Reino Unido e os países da UE devem prestar atenção especial à declaração de Zelensky sobre ataques preventivos contra a Rússia”, disse. “Os EUA e o Reino Unido estão dirigindo de fato as atividades de Kiev e, portanto, devem ser responsabilizados pelas declarações de Zelensky”, acrescentou.
Da mesma forma, Peskov enfatizou que as declarações de Zelensky nada mais são do que um “chamado para iniciar uma guerra mundial com consequências imprevisíveis e monstruosas”.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zajárova, também respondeu às declarações: “O Ocidente está incitando uma guerra nuclear. Todos os habitantes do planeta devem perceber que Zelensky, um fantoche armado e um personagem instável, se tornou um monstro, cujas mãos poderiam destruir o planeta.”
Segundo a doutrina militar russa, o país se reserva o direito de recorrer ao seu arsenal nuclear em resposta à agressão contra seu território, ou contra seus aliados, envolvendo o uso de armas nucleares ou outras armas de destruição em massa. Da mesma forma, o documento prevê uma reação semelhante a um ataque com armas convencionais se a existência do Estado estivesse em perigo. A decisão final cabe ao presidente do país.
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