(ANSA) – A polícia da Cidade do Panamá executou nesta quarta-feira (13) um mandado de busca e apreensão no escritório da companhia Mossack Fonseca, centro do escândalo “Panama Papers”.
A operação ocorreu “sem interferências ou incidentes” e foi conduzido pelos investigadores em colaboração com a unidade contra o crime organizado, informou o site da “BBC”. Segundo os procuradores, além da sede na capital do país, as buscas foram feitas em outros escritórios da empresa pelo Panamá.
Além da própria investigação no país, representantes do setor econômico e fiscal que pertencem à Organização para a Cooperação e de Desenvolvimento Econômico (OCDE) se reunirão nesta quarta-feira (13) em busca de uma ação conjunta para investigar os envolvidos no escândalo.
Em comunicado, os representantes informaram que farão uma nova reunião na próxima sexta-feira (15) para identificar “possíveis fraudes” cometidas por políticos, empresários e artistas.
No dia 3 de abril, o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês) revelou mais de 11,5 milhões de documentos ligados a 240 mil empresas offshores – aquelas que têm sede fiscal em um país diferente daquele de origem – abertas pelo Mossack Fonseca entre os anos de 1977 e 2015.
O “Panama Papers” contou com a participação de 107 empresas jornalísticas em 78 países que estão apresentando, aos poucos, os dados relativos a essas organizações. Entre os citados, estão pessoas ligadas ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, ao líder chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron.
No Brasil, 22 empresários são citados: Segundo matéria divulgada pelo portal “Uol”, que integra a equipe de investigação da ICIJ, 22 empresários brasileiros estariam envolvido no escândalo “Panama Papers”. Entre os citados, está o empresário Eike Batista, Michael Klein, das Casas Bahia, Wesley Batista, do grupo JBS, Antonio Carlos Pipponzi, presidente da DrogaRaia.
Ao site, Eike afirmou que as 22 offshores listas foram regularmente declaradas à Receita, Pipponzi também informou que a empresa nas Ilhas Virgens Britânicas foi declarada. Já Michael Klein não comentou o caso e Wesley Batista destacou que era apenas o procurador da offshore citada.
Os nomes se juntam à lista de brasileiros citados ainda no dia 3, como o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo da Cunha (PMDB), do ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão, além de políticos ligados à sete partidos: PDT, PMDB, PP, PSB, PSD, PSDB e PTB.
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