Nas últimas horas, o Oriente Médio registrou uma série de ataques aéreos conduzidos por Israel, intensificando ainda mais a crise que se desenrola na região. O Exército de Israel (IDF) realizou bombardeios no Líbano, Síria e Iraque, com alvos focados em grupos considerados terroristas, como o Hezbollah, enquanto conflitos na Faixa de Gaza continuam.
Ataques no sul do Líbano e início de operações terrestres
Um dos focos principais dos ataques foi o campo de refugiados palestinos Ein el-Hilweh, no sul do Líbano, onde um prédio foi atingido. Fontes palestinas informaram que o ataque teria como alvo Mounir Maqdah, líder da Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, uma organização classificada como terrorista pelos Estados Unidos e União Europeia.
Além disso, o IDF anunciou incursões terrestres “limitadas e seletivas” no sul do Líbano, como parte da operação “Flechas do Norte”, que visa desmantelar a infraestrutura do Hezbollah. Segundo o porta-voz militar israelense, Avichay Adraee, as forças terrestres estão atuando em aldeias próximas à fronteira, áreas que representam “ameaça imediata” para as comunidades israelenses no norte.
Esses ataques seguem semanas de bombardeios israelenses contra posições do Hezbollah, organização apoiada pelo Irã. No total, seis ou sete ataques atingiram subúrbios de Beirute, região sob controle do grupo xiita.
Bombardeios em Damasco e disparos contra bases dos EUA no Iraque
Simultaneamente, a Síria também sofreu ataques aéreos. Em Damasco, pelo menos três pessoas morreram e outras nove ficaram feridas após bombardeios que, segundo a agência de notícias SANA, foram realizados por aviões e drones israelenses. Entre os mortos está a apresentadora de TV síria Safaa Ahmad, que foi homenageada pela emissora estatal.
Na capital iraquiana, Bagdá, três foguetes foram disparados contra a base militar que abriga tropas dos Estados Unidos, no Aeroporto de Bagdá. Fontes de segurança informaram que dois dos foguetes foram interceptados pelas defesas do local, enquanto o terceiro caiu próximo ao Comando de Serviços de Contra-Terrorismo, sem deixar vítimas.
Esses ataques fazem parte de uma série de ações de grupos militantes no Iraque e na Síria contra bases americanas, em retaliação ao apoio militar dos EUA a Israel desde o início da guerra contra o Hamas em 7 de outubro.
Repatriação de brasileiros no Líbano
Diante do agravamento do conflito, o governo brasileiro anunciou que um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) será enviado ao Líbano para repatriar cidadãos brasileiros que vivem no país. Segundo o Itamaraty, a operação está sendo coordenada em conjunto com o Ministério da Defesa e a embaixada brasileira em Beirute. A maior comunidade de brasileiros no Oriente Médio reside no Líbano, com aproximadamente 21 mil cidadãos.
A decisão ocorre após a morte de dois adolescentes brasileiros durante bombardeios israelenses no sul do Líbano na última semana. As autoridades brasileiras estão em contato com a comunidade local e as operações de repatriação dependem das condições de segurança na região.
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