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“Não teremos outra escolha além de destruir totalmente a Coreia do Norte”, afirma Trump em discurso na ONU

Nesta terça-feira (19), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um discurso inflado na Assembleia Geral das Nações Unidas. Classificando o regime de Kim Jong-Un como “depravado”, o mandatário norte-americano ameaçou “destruir totalmente” a Coreia do Norte caso não haja outra alternativa. “Os Estados Unidos têm grande força e paciência, mas se forem forçados a defender a si ou seus aliados, não teremos outra escolha além de destruir totalmente a Coreia do Norte”, afirmou.

Trump enfatizou sua posição e disse que “é hora da Coreia do Norte aceitar que a desnuclearização é o único futuro possível”. O presidente agradeceu aos principais aliados do regime de Kim Jong-Un, China e Rússia, por votarem a favor de impor sanções contra o regime, mas não deixou de criticar. “É um ultraje que algumas nações não só façam comércio com esse regime, mas forneçam armas, suprimentos e apoio financeiro a um país que põe o mundo em risco”.

Ele ainda deixou claro que irá defender os interesses dos Estados Unidos acima de tudo. “Sempre colocarei a América primeiro. Assim como vocês, líderes de seus países, devem sempre colocar seus países em primeiro lugar.” “Todos os líderes têm a obrigação de servir os seus cidadãos”, completou.

Pedindo mais ação da comunidade internacional contra a Coreia do Norte, Trump disse que o comportamento de Kim é uma “missão suicida” e que não ameaça apenas os países mais próximos, mas sim, “ameaça o mundo todo”. “É hora de as nações trabalhem juntas para isolar o regime de Kim até que ele cesse seu comportamento hostil”, afirmou.

A tensão entre os países aumenta a cada dia e mesmo com sanções impostas pela ONU, a Coreia da Norte disse que não irá parar. “O aumento das medidas dos Estados Unidos e de seus subordinados para impor sanções e pressão contra a República Democrática da Coreia vão somente aumentar nosso ritmo para a finalização da força nuclear do Estado”, diz o comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores por meio da agência de notícias KCNA.

Pyongyang afirmou ainda que as sanções aprovadas pela ONU na semana passada são “o ato de hostilidade mais vicioso, antiético e desumano”, que visa a “exterminar fisicamente” a população norte-coreana, seu sistema e governo.

Críticas à ONU

Trump criticou a ONU em diversas ocasiões, especialmente durante sua campanha eleitoral. “Onde se vê as Nações Unidas? Alguma vez consertaram algo? É só como um jogo político”, disparou Trump em um comício no ano passado. O republicano também é contrário ao “tratamento que ONU destina a Israel”, especialmente no que tange os assentamentos.

Já como presidente eleito, ele defende uma reforma no sistema da organização, com o objetivo central de reduzir a contribuição norte-americana para a ONU, e não deixou de falar disso em seu discurso, chamando de “injusto” o financiamento do organismo.

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