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Mãe processa TikTok depois de criança morrer tentando o ‘Blackout Challenge’

Garota de 10 anos morreu após participar do desafio viral conhecido como "jogo da asfixia"

A mãe de uma menina de 10 anos – que morreu em dezembro do ano passado, processou o TikTok e sua empresa-mãe, ByteDance, alegando que o algoritmo da rede social recomendou o chamado “Blackout Challenge” no feed da menina.

Em uma ação movida na quinta-feira (12/05), Tawainna Anderson, da Pensilvânia (nos EUA), diz que sua filha Nylah morreu sufocada no ano passado ao tentar o desafio viral, que incentiva as pessoas a se gravarem prendendo a respiração ou se estrangulando até desmaiar. A mãe levou a criança às pressas para um hospital em 7 de dezembro, mas a menina não resistiu a algumas complicações e morreu em 12 de dezembro.

Documentos divulgados pelo tribunal que analisa o caso revelam que o TikTok recomendou o desafio a criança porque o algoritmo “determinou que o mortal Blackout Challenge provavelmente seria do interesse de Nylah Anderson, de 10 anos”.

Nylah Anderson Blackout Challenge tiktok
Mãe processa TikTok depois de criança morrer tentando o 'Blackout Challenge' 2

O Blackout Challenge vem circulando na plataforma há anos e, a morte de Tawainna, se soma a uma série de incidentes de asfixia semelhantes e altamente divulgados no TikTok nos últimos anos. Outra menina de 10 anos morreu na Itália depois de tentar o desafio em janeiro, e um menino de 12 anos do Colorado morreu em abril de 2021 pelo mesmo motivo.

Em uma declaração por e-mail, um porta-voz do TikTok disse: “Esse ‘desafio’ perturbador, que as pessoas parecem estar aprendendo de outras fontes além do TikTok, é anterior à nossa plataforma e nunca foi uma tendência do TikTok. Permanecemos vigilantes em nosso compromisso com a segurança do usuário e removeremos imediatamente o conteúdo relacionado, se encontrado. Nossas mais profundas condolências à família por sua trágica perda“.

A plataforma tem regras explícitas sobre conteúdo que promove a automutilação. O aplicativo tem uma versão para usuários menores de 13 anos que limita os detalhes pessoais que os usuários podem compartilhar e sua capacidade de comentar ou postar conteúdo, mas não está claro como os sistemas automatizados podem impedir que o conteúdo apareça nos feeds dos usuários .

A plataforma tem uma classificação de 12+ nas lojas de aplicativos da Apple e do Google, mas, como na maioria dos aplicativos, basta criar uma conta e afirmar que você está acima do limite de idade. A empresa afirma que removeu mais de 15 milhões de contas infantis no ano passado.

Durante uma coletiva de imprensa na quinta-feira, um dos advogados de Anderson, Bob Mangeluzzi, disse: “O TikTok é uma das empresas mais poderosas e tecnologicamente avançadas do mundo, e o que o TikTok fez quando descobriu isso? Ele usou seu aplicativo e algoritmo para encaminhar um vídeo do Blackout Challenge para uma menina de 10 anos”.

O processo diz que o algoritmo do aplicativo foi projetado intencionalmente para “maximizar o envolvimento e a dependência do usuário” e que incentiva as crianças a se envolverem repetidamente. O processo aponta para o TikTok, designers do algoritmo, como distribuidores que promoveram o conteúdo para Tawainna.

É hora de esses desafios perigosos chegarem ao fim“, disse Anderson durante a entrevista coletiva. “Algo tem que mudar, algo tem que parar porque eu não gostaria que nenhum outro pai passasse pelo que estou passando“.

Esse processo não é o único a perseguir o TikTok por acusações de que eles promovem conteúdo perigoso para crianças. Em março, surgiram notícias de que vários procuradores gerais dos EUA estão investigando se o TikTok é prejudicial para jovens adultos e se a empresa está ciente do conteúdo que os usuários mais jovens estão visualizando.

O TikTok rapidamente se tornou uma das plataformas de mídia social mais populares disponíveis e já cogitam a hipótese da plataforma lucrar mais em publicidade do que o Twitter e o Snap juntos.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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