Após sofrer ataques com foguetes realizados pelo grupo Hamas, o primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu declarou nesta segunda-feira (10) que o movimento “cruzou a linha vermelha” e seu país responderá com “força”, informa a AP.
“Não vamos tolerar um ataque contra nosso território, contra nossa capital, contra nossos cidadãos e soldados. Quem nos ataca vai pagar um preço alto”, disse o primeiro ministro. “Estamos em uma luta que está se espalhando por várias frentes: em Jerusalém, em Gaza e em outras partes do país”, disse Netanyahu.
Sirenes de alerta de foguetes soaram na segunda-feira em Jerusalém, onde várias explosões foram ouvidas minutos após o término do ultimato do Hamas para que Israel retirasse suas forças de dois pontos críticos da cidade. O movimento reivindicou a responsabilidade por um ataque de foguete da Faixa de Gaza, dizendo que foi uma resposta aos “crimes e agressões” israelenses .
Por sua vez, pelo menos vinte palestinos foram mortos, incluindo nove crianças, e 65 ficaram feridos em ataques aéreos israelenses na Faixa em resposta aos disparos de foguetes realizados pelo Hamas. As Forças de Defesa de Israel confirmaram que estão conduzindo operações no enclave palestino e que continuarão por vários dias.
Ultimato
No início desta segunda-feira, o Hamas deu a Israel uma hora para retirar suas forças da Esplanada das Mesquitas e do bairro palestino de Sheikh Jarrah, localizado em Jerusalém Oriental. Um porta-voz da organização ameaçou uma escalada caso os soldados permanecessem nessas duas zonas de conflito.
Esta manhã, centenas de pessoas ficaram feridas no ataque à Mesquita de Al Aqsa por forças israelenses em meio a protestos contra o despejo de famílias palestinas em Jerusalém Oriental. Os manifestantes atiraram pedras nos policiais, que usaram balas de borracha, granadas de choque e gás lacrimogêneo para dispersá-los.
Pelo menos 305 pessoas ficaram feridas nos confrontos, 228 das quais foram levadas a hospitais. Além disso, nove policiais israelenses ficaram feridos na Cidade Velha de Jerusalém.
Em meio às tensões, o Departamento de Estado dos EUA proibiu sua equipe diplomática em Jerusalém de entrar na Cidade Velha até domingo. “Devido ao aumento das tensões em Jerusalém, manifestações relacionadas podem ocorrer em qualquer lugar. Funcionários da embaixada foram avisados para evitar grandes multidões e feriados oficiais durante o Dia de Jerusalém e Ramadã”, diz o comunicado.
Casa Branca
O governo dos Estados Unidos expressou nesta segunda-feira (10) “sérias preocupações” pela escalada da violência em Israel, no momento em que aumentaram as tensões com os palestinos em Jerusalém. A informação foi revelada pela porta-voz da Casa Branca, Jen Psaky, que acrescentou que a administração do democrata Joe Biden condena o lançamento de foguetes na cidade.
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