O ministro da Defesa do Irã, Amir Hatami, disse nesta quarta-feira (8) que Teerã (capital do Irã) não descarta novas ações contra Washington, “dependendo da resposta dos EUA” ao ataque com 22 mísseis balísticos lançados poucas horas atrás contra duas bases aéreas iraquianas que abrigam tropas americanas.
“A resposta iraniana será proporcional à dos EUA”, disse Hatami, que afirmou usar mísseis de curto alcance no ataque. “Espero que esta seja uma lição inesquecível para os EUA”, acrescentou o ministro durante comunicado na mídia local.
Por outro lado, o ministro da Defesa do país persa acusou o presidente do país americano, Donald Trump, de converter o governo dos EUA em um “governo terrorista”.
O que está acontecendo
A situação na região se tornou explosiva desde a última quinta-feira (2), quando um ataque aéreo lançado pelo Pentágono em Bagdá acabou com a vida de 12 pessoas, incluindo o general iraniano Qassem Soleimani e o líder do Kezib Hezbollah e das forças de mobilização, Abu Mahdi al Muhandis.
Na manhã desta quarta-feira, dia 8 (data de Brasília), o Irã atacou com dois mísseis balísticos duas bases aéreas iraquianas que abrigam tropas americanas, em resposta ao assassinato de Soleimani. A Guarda Revolucionária Iraniana indicou que a Operação Mártir Soleimani visava “a base das forças terroristas e invasoras dos EUA”.
Versões contraditórias
Ele também ameaçou atacar os aliados de Washington na região, particularmente Kuwait, Bahrein, Arábia Saudita, Jordânia e Israel, caso os EUA tome alguma ação agressiva.
Vários meios de comunicação iranianos disseram que cerca de 80 pessoas teriam morrido após esses ataques, e que as equipes militares dos EUA foram “severamente danificadas”. Eles também indicaram que Teerã tem outros 100 alvos prontos, se Washington decidir tomar alguma ação retaliatória.
Após os ataques, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse: “Está tudo bem!”, ao anunciar que os danos causados pelos ataques foram avaliados. “Temos o exército mais poderoso e mais bem equipado do mundo!”, afirmou o presidente dos EUA em sua conta no Twitter. Por seu lado, Alemanha, Dinamarca e Noruega alegaram que nenhum de seus soldados no Iraque foi morto ou ferido.
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