Israel foi alvo de um grande ataque de mísseis vindos do Irã, nas últimas horas, em uma ação que representa uma escalada significativa no conflito entre os dois países. O ataque, que ocorreu na noite desta terça-feira (01/10), atingiu várias regiões de Israel, incluindo Tel Aviv, Sharon e áreas próximas ao Mar Morto. Ao todo, mais de 150 mísseis balísticos foram disparados, conforme relatado pela imprensa local e confirmado pelas Forças de Defesa de Israel (IDF).
Ataque coordenado e resposta dos EUA
Em resposta imediata ao ataque, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou que as forças americanas apoiassem a defesa israelense. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Sean Savett, informou que Biden e a vice-presidente Kamala Harris monitoravam a situação em tempo real a partir da Sala de Situação da Casa Branca, recebendo atualizações contínuas sobre o conflito. A ordem incluiu o uso de sistemas de defesa americanos para interceptar os mísseis iranianos.
Esse não foi o primeiro apoio militar direto dos EUA a Israel neste contexto. Em abril deste ano, os EUA também ajudaram a interceptar mísseis iranianos lançados em um ataque anterior.
Origem do ataque e motivações iranianas
O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC) afirmou que o ataque foi uma retaliação às mortes de líderes de grupos aliados de Teerã, incluindo o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e do Hamas, Ismail Haniyeh, em operações israelenses recentes. Além disso, Abbas Nilfourashan, comandante iraniano no Líbano, também foi morto durante um bombardeio israelense na semana passada.
Analistas internacionais, como a especialista em segurança do Oriente Médio Dr. Burcu Ozcelik, apontam que o Irã estava sob “pressão esmagadora” para reagir, especialmente frente às alas mais radicais dentro do país e seus aliados regionais. Segundo Ozcelik, Teerã arriscaria perder influência caso não respondesse de forma contundente às perdas de seus líderes militares e políticos.
Consequências e reações internacionais
O ataque provocou forte condenação internacional. A Alemanha, através de sua ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, condenou os ataques com mísseis e pediu o fim imediato das hostilidades. “Isso está levando a região para o abismo“, afirmou Baerbock em suas redes sociais.
Em Israel, o porta-voz militar Daniel Hagari anunciou que o país responderia ao ataque iraniano. “Temos capacidade e estamos prontos para reagir, quando e onde escolhermos“, afirmou. Israel deve realizar fortes ataques aéreos em retaliação nas próximas horas.
Enquanto isso, o espaço aéreo de Israel foi temporariamente fechado e os voos desviados. A população foi instruída a buscar abrigo ao som de sirenes e permanecer em locais protegidos até novo aviso. Até o momento, foram relatados ferimentos leves em duas pessoas em Tel Aviv, causados por fragmentos de mísseis interceptados.
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