(ANSA) – A Arquidiocese de Chicago, nos Estados Unidos, pagou cerca de US$ 200 milhões nas últimas décadas para indenizar vítimas de abuso sexual e pedofilia por parte de membros do clero.
Desse total, US$ 80 milhões foram desembolsados desde 2001 a 160 pessoas representadas por um único escritório de advocacia. O dado completo foi divulgado pela própria Arquidiocese de Chicago, enquanto a soma de US$ 80 milhões foi revelada pelo advogado Jeff Anderson, um dos mais célebres defensores de vítimas de abusos sexuais nos EUA.
“A Arquidiocese de Chicago fez progressos significativos nos anos recentes para estabilizar suas finanças”, diz um comunicado oficial, acrescentando que ainda enfrenta desafios devido a “acordos por má conduta e ao declínio do tamanho da congregação”.
Em julho, uma reportagem do jornal Chicago Tribune revelou que a Igreja prevê pagar mais US$ 156 milhões para vítimas de abusos sexuais na cidade nos próximos anos. Os US$ 80 milhões recebidos pelos 160 clientes do escritório de Anderson representam cerca de US$ 500 mil por vítima, mas o advogado disse que as maiores indenizações estão na casa dos milhões de dólares.
Ele definiu a relação com a Arquidiocese de Chicago como “inconsistente”, mas ressaltou que houve mudanças positivas nas últimas décadas. “Ainda temos muito a fazer, mas preciso dizer: isso é um progresso”, afirmou, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (17).
Os escândalos de pedofilia e abusos sexuais abalaram a imagem da Igreja Católica nos Estados Unidos e em diversos outros países do mundo, como Austrália, Irlanda e Chile. No início deste ano, o papa Francisco definiu novas regras para combater crimes sexuais por parte do clero, como a obrigação de denunciar casos de abuso às autoridades eclesiásticas. (ANSA)
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