(ANSA) – A Coreia do Norte fez mais um lançamento de míssil, dessa vez um antiaéreo recém-criado, nesta sexta-feira (1º) – quinta-feira à noite pelo horário de Brasília -, no quarto exercício do tipo em menos de um mês. A notícia foi divulgada pela emissora estatal local “KCNA”.
Antes desse, que consegue “abater alvos em voo em distâncias maiores e com maior precisão”, os norte-coreanos fizeram um teste em 13 de setembro com um novo míssil de longo alcance; no dia 15, foram lançados mais dois mísseis que não tiveram a tecnologia informada; e no dia 29, um novo míssil supersônico.
Segundo a “KCNA”, a Academia de Ciências da Defesa da Coreia do Norte fez o teste “para confirmar a praticidade no funcionamento do lançador, do radar e do veículo de comando de batalha completo, bem como sua performance completa em combate”. O disparo obteve “uma resposta rápida” e o míssil tem um “padrão de controle de duplo timão” e um “motor de voo de impulsão dupla”.
A quantidade de testes que foram realizados pela Coreia do Norte no mês de setembro vem preocupando tanto a Coreia do Sul como os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que realizaram uma reunião de emergência nesta quinta-feira (30).
No entanto, o ditador Kim Jong-un, que não foi visto nos lançamentos dessa semana, afirmou que Seul precisa “libertar-se da ilusão” de que os norte-coreanos querem atacar o país e que sua intenção não é entrar em guerra com o Sul, apenas “se proteger” do que chamam de “política hostil e duplo padrão” dos Estados Unidos.
Kim também prometeu que retomaria as conversas com Seul através da reativação as linhas de comunicação, literalmente explodidas por ordem dele em junho do ano passado.
Em junho deste ano, o Norte voltou a atender as chamadas do Sul, mas nem um mês depois, elas foram interrompidas novamente porque Kim não gostou dos exercícios militares de Seul e Washington próximos à sua fronteira.
Durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, chegou a pedir que fosse assinada a declaração de fim de guerra na península, mas os norte-coreanos continuam dizendo que só aceitam assinar um acordo se os EUA encerrarem a “política hostil”.
As duas Coreias ainda estão tecnicamente em guerra porque o acordo firmado após três anos de conflito bélico, entre 1950 e 1953, foi de cessar-fogo e não um tratado de paz.
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