Contrariando as palavras do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, James “Jim” Mattis, informou, durante uma audiência no Congresso americano, nesta quarta-feira (04), que o país norte-americano ainda tem interesse de continuar com o acordo histórico, que limita o programa nuclear iraniano, celebrado entre o Irã e as seis potências mundiais.
“O que eu faria é, se podemos confirmar que o Irã está cumprindo o acordo, se pudermos determinar que isso é do nosso interesse, então, claramente, devemos ficar com ele”, declarou Mattis em uma audiência no Senado. Ele ainda acrescentou dizendo: “Eu acredito, neste momento, não ter indicações contrárias [ao acordo], acho que é algo em que o presidente Trump deveria considerar permanecer”
Mais um a vez em contrariedade com fala do líder americano, durante pergunta sobre se era do interesse que Donald permaneça em acordo firmado, com as potências, Irã e Grã-Bretanha, China, França, Alemanha e Rússia (e EUA), ele afirmou dizendo que “sim”. Em setembro, durante Assembleia Geral da ONU, Trump disse que o acordo era “um embaraço” e que não é certo que ele confirme o acordo no mês de outubro.
Donald Trump deverá informar, no dia 15 deste mês, se ainda é de interesse continuar com o compromisso firmado em 2015 com os países.
Sobre o acordo
O acordo foi realizado quando os Estados Unidos ainda estava sob o comando do presidente Barack Obama. Mesmo com os avanços que esse trato estava proporcionando, ele não encerra a controvérsia sobre uma das questões diplomáticas mais críticas no momento: a União Europeia o definiu como um “sinal de esperança para o mundo inteiro”, enquanto o governo de Israel o chamou de “rendição histórica”.
Na época, o chanceler iraniano, Mohammed Javad Zarif, chamou o acordo de “conquista importante”. “Acho que esse é um momento histórico. Estamos fechando um acordo que não é perfeito, mas sim o que pudemos conseguir. É uma conquista importante”, destacou.
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