(ANSA) – O coronavírus registrado na China, Estados Unidos e em diversos países da Ásia provocou a morte de nove pessoas e infectou ao menos 400, segundo o último balanço revelado pelas autoridades de saúde chinesas nesta quarta-feira (22). Segundo a vice-ministra da Comissão Nacional de Sáude, Li Bin, a variação batizada como 2019-nCoV pode sofrer mutação e se propagar mais rapidamente. Os sintomas da doença são similares aos causados pela Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars).
Um primeiro caso de contágio também foi registrado em Hong Kong.
O paciente, que está em isolamento, chegou de Wuhan após viagem em um trem de alta velocidade. Hoje, a Organização Mundial da Saúde (OMS) realizará uma reunião de emergência para decidir se declara o surto como uma emergência internacional de saúde e debater medidas. Além disso, a Comissão Europeia e os representantes dos Estados-membros discutirão, por teleconferência, os últimos desenvolvimentos, as medidas já adotadas a nível nacional e as que podem ser tomadas no continente.
O risco do vírus se espalhar para a Europa passou de “baixo” para “moderado”, principalmente porque tem sido transmitido de pessoa por pessoa, informou o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC). Na Itália, o Ministério das Relações Exteriores pediu para os viajantes italianos tomarem cuidado e “evitar qualquer contato com animais e pessoas com doenças respiratórias na área afetada”. O governo italiano ainda implementou no aeroporto de Fiumicino um processo de triagem a passageiros provenientes de Wuhan.
A medida foi exigida pelo Regulamento Sanitário Internacional na tentativa de barrar a infecção no território italiano.
Atualmente o aeroporto opera três voos diretos para a cidade chinesa e diversos voos não diretos. Ontem (21), nos Estados Unidos, as autoridades locais registraram o primeiro caso de infecção pelo coronavírus em Seattle. O viajante, cuja identidade está sendo mantida em sigilo, chegou recentemente de Wuhan, cidade chinesa considerada o epicentro do surto da doença, que causa uma espécie de pneumonia.
Agora cedo, o presidente americano, Donald Trump, afirmou que tem um plano em prática para conter o surto. O republicano fez um discurso paralelo no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. “Temos, sim, um plano e acreditamos que isso será conduzido muito bem. Já tratamos bem disso. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças é maravilhoso. Muito profissional”, disse.
Trump ainda ressaltou que os Estados Unidos está em “ótima forma” e a China também deve estar.
Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso canal oficial.