As autoridades da China anunciaram nesta segunda-feira (06) um aumento no nível de alerta para a região da Mongólia Interior, território semi-autônomo, após casos de peste bubônica terem sido notificados no local.
No sábado (04), Pequim confirmou um caso da doença e outros estão sendo estudados. Por conta disso, a caça de animais que podem transmitir a bactéria foi proibida até o fim deste ano e as autoridades pediram que pessoas com possíveis sintomas da doença procurem atendimento médico imediatamente.
As contaminações no território chinês ocorreram após três casos terem sido confirmados na Mongólia, país que faz fronteira com a região homônima, na sexta-feira (03). Segundo as primeiras informações das autoridades de saúde, o contágio ocorreu pelo consumo de marmota crua por moradores locais. Ao todo, 146 pessoas foram colocadas em isolamento.
Outros países da região também estão estudando novas medidas restritivas para evitar uma disseminação da doença – caso a situação se agrave. Casos da doença são raros, mas não incomuns nessa região.
Conforme dados do governo, cinco pessoas morreram da peste na China desde 2014. Outras duas morreram na Mongólia. No entanto, o temor é que a crise sanitária se espalhe, especialmente, em um momento que o mundo enfrenta a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
A peste bubônica matou mais de 50 milhões de pessoas na Europa no século 14, mas hoje é uma doença tratável e que tem um bom índice de cura. Ela é causada pela bactéria Yersinia pestis e causa um inchaço nos gânglios linfáticos, provocando sintomas semelhantes a uma gripe – um dos motivos que causa uma demora na detecção da doença.
(Com informações da Agência ANSA)
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