(ANSA) – “A China é sincera na vontade de melhorar as relações com o Vaticano”, informou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores em Pequim, Lu Kang, nesta quarta-feira, dia 3. Declaração foi feita após a histórica entrevista do papa Francisco ao jornal asiático “Asia Times”, quando comentou que “o mundo não pode temer o crescimento chinês” e que admira muito a história, cultura e a sabedoria do país.
Ainda de acordo com Lu Kang, para fomentar a aproximação é preciso continuar com diálogos construtivos e “encontrar um meio termo” neste processo. “Esperamos que o Vaticano adote uma aproximação flexível e prática, criando condições” para a retomada de relações bilaterais.
Questionado sobre um possível convite ao Papa para uma visita à China, ele respondeu que “não tem informações sobre o assunto”. O porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi, confirmou que estão sendo realizados encontros entre delegações da Santa Sé e de Pequim. “Estão sendo realizados contatos e houve avanço, como era previsto”, disse.
Diplomacia
A entrevista aconteceu em meio à reaproximação entre a Igreja Católica e a China, após a nomeação de novos bispos pela primeira vez em cerca de três anos. O Vaticano tenta se reaproximar e normalizar as relações diplomáticas com a China, interrompidas em 1951 por causa do reconhecimento da Santa Sé à independência de Taiwan.
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