(ANSA) – Um caça militar SU-30 da Rússia violou o espaço aéreo da Turquia, na região de Hatay, no último sábado (03), informou hoje (05) o Ministério das Relações Exteriores. Em nota, o governo de Ancara afirmou que convocou o embaixador Andrey Karlov para exprimir “duros protestos” e para informar que haverá retaliações no caso do incidente se repetir. “O avião russo saiu do espaço aéreo turco em direção à Síria após ser interceptado por dois F-16 da aviação turca que estavam conduzindo um patrulhamento na região”, informou a nota. A Turquia pediu formalmente que o governo de Moscou não repita a violação deste tipo para evitar “qualquer incidente indesejado”.
O chanceler de Ancara, Feridun Sinirlioglu, também convocou seu homólogo russo, Sergei Lavrov, para exprimir seu protesto. Além disso, o titular da pasta informou que entrou em contato com seus homólogos da Itália, Estados Unidos, França e Grã-Bretanha para comunicar o ocorrido e para levar a questão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Já o primeiro-ministro, Ahmet Davutoglu, explicou que os russos garantiram que a ação não foi intencional. “A nossa posição é muito clara e avisaremos qualquer país que viole nossas fronteiras de modo amigável. A Rússia é nossa amiga e vizinha. A questão síria não é uma crise turco-russa”, informou.
Militares turcos contaram ao jornal “Hurriyet” que Moscou justificou a invasão do espaço aéreo como um “erro de navegação”. Eles explicaram que o caça entrou por centenas de metros na região de Hatay antes de ser escoltado pelos F-16 da Turquia. Segundo a mídia local, o clima de tensão entre as nações está aumentado por causa da proximidade à fronteira dos caças russos – que estão realizando ataques na Síria. Ainda ontem (04), o presidente Recep Tayyip Erdogan havia condenado a ação militar, chamando-a de “inaceitável” e de “grave erro”.
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