Em reunião realizada na semana passada em Pequim, os países do Brics firmaram acordo para que seja criado um fundo de financiamento de projetos científicos conjuntos. Os representantes do bloco (Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul) acertaram o montante de R$ 24 milhões para essas ações. Desse total, o Brasil contribuirá com R$ 1,2 milhão.
A primeira chamada multilateral deve ser lançada em abril de 2016 e contará com a participação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, elogiou a decisão dos países. “Nós queremos imprimir uma agenda muito ousada e bastante pretensiosa, uma agenda externa vigorosa do Ministério ao longo de 2016, buscando recursos no exterior, com diversos parceiros”, disse.
“Os países do Brics são parceiros privilegiados nossos, caminham em linha com a estratégia do governo brasileiro, do ponto de vista da geopolítica do País. E tivemos sorte, pois a nossa delegação está na China, reunida com representantes do Brics na área de ciência e tecnologia, e já temos uma proposta concreta de criação de um fundo de R$ 24 milhões para ser usado imediatamente em desenvolvimento de ações conjuntas em CT&I entre os países do bloco. Da nossa parte, estamos entrando com R$ 1,2 milhão”, completou Pansera.
Na capital chinesa, o CNPq foi representado pelo diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde, Marcelo Morales. Ele explicou que os recursos proveniente do Brasil representam R$ 1 milhão para área de segurança cibernética e ciberdefesa e R$ 200 mil para área de prevenção e monitoramento de desastres naturais. “A reunião foi um sucesso”, avaliou.
A II Reunião de Agências de Fomento à CT&I e a I Reunião do Grupo de Trabalho sobre Financiamento à CT&I do Brics foram marcadas pela expectativa de que os editais conjuntos aprofundem a colaboração entre os países em pesquisas de excelência para o conhecimento global e para a criação de produtos e processos inovadores.
“A criação de um mecanismo dos países do Brics para o financiamento de pesquisa e inovação é um marco histórico extremamente auspicioso. A reunião na China foi um grande sucesso. A partir de agora, a ciência, a tecnologia e a inovação são elementos centrais da parceria estratégica entre nossas nações”, explica o chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais do MCTI, Danilo Zimbres.
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