Quase metade da população mundial (48%) acredita que 2017 foi ruim. É o que revela a pesquisa Global Advisor da Ipsos que avalia 2017 e capta expectativas em relação a 2018.
Os brasileiros estão entre os mais desapontados com o ano passado. Para 64%, não foi um ano bom, o que garante ao país o segundo lugar no ranking com 28 países entrevistados. O Brasil só está atrás da Turquia, mas melhorou em relação à última pesquisa realizada pela Ipsos com essa temática – para 67% dos brasileiros, 2016 havia sido um ano ruim e o país liderou o ranking naquela edição do estudo.
Para 76% dos entrevistados, 2018 será um ano melhor do que 2017. Colombia (93%), Peru (93%), Chile (88%), China (88%), México (87%), Índia (87%), Russia (85%) e África do Sul (85%) são os mais otimistas. Os brasileiros aparecem na quinta colocação com 84%. Só no Japão uma minoria (44%) desacredita que 2018 será melhor do que 2017.
Seis em cada dez (59%) entrevistados globalmente também estão otimistas que a economia do mundo estará mais forte no ano que se inicia. Mercados emergentes como China (86%), Índia (83%) e Peru (81%) são os que têm mais expectativa positiva. O Brasil fica em quinto no ranking, com 67% dos entrevistados otimistas. Entre os menos confiantes estão Itália (43%), Japão (39%) e França (36%).
“O otimismo dos brasileiros com relação a 2018 pode traduzir o desejo de virar definitivamente a página de 2017 que foi um ano duro e desafiador para a maioria. Podemos ver também neste otimismo a tímida retomada da economia com uma inflação controlada e um desemprego que não aumentou nos 3 últimos meses mas continua alto. Por fim, o brasileiro tende a ser mais otimista com relação ao futuro do que outros povos”, analisa Danilo Cersosimo, diretor de Public Affairs na Ipsos.
A tradição de fazer resoluções para o ano novo se mantém forte. Globalmente, 78% dos entrevistados criaram uma meta ou desejo pessoal para 2018. Essa tradição é mais forte entre os peruanos (93%), colombianos (93%), chilenos (93%), chineses (92%), mexicanos (90%) e argentinos (90%). Entre os brasileiros, 84% realizaram resolução de ano novo. Os que menos seguem essa tradição são os japoneses (44%) e os suécos (35%).
Expectativas para 2018
A pesquisa também questionou os entrevistados em relação a temas importantes de política, economia e meio ambiente. A maioria dos respondentes pensa que o aquecimento global aumentará (71%). Esta previsão é particularmente alta na Sérvia (87%), Turquia (82%), Colômbia (82%), Chile (81%) e Malásia (81%). Para 73% dos brasileiros, essa afirmação também é verdadeira. Os menos propensos a acreditar no aumento do aquecimento global são os russos e os americanos (ambos com 56%).
Apesar do relacionamento tenso entre os EUA e a Coreia do Norte, as pessoas estão divididas sobre a prossibilidade de os dois países entrarem em guerra. Quatro em cada dez (42%) pensam que é provável número semelhantes aos que 40% que pensam que é improvável (40%). Os entrevistados da Coreia do Sul são os mais propensos a pensar que isso não vai acontecer – 66% dizem que é improvável. Nos EUA, 47% acreditam que pode ocorrer e 33% que não pode.
A permanência de Angela Merkel como chanceler da Alemanha é vista como mais provável do que o presidente Trump sofrer uma acusação que leve a abertura de um processo de impeachment em 2018. Metade (48%) dos entrevistados no mundo pensa que Angela Merkel permanecerá chanceler da Alemanha (incluindo 57% dos alemães), em comparação, com os 35% que pensam que Trump enfrentará um processo de impeachment, percentual semelhante ao dos EUA (33%).
A última pesquisa da Ipsos foi realizada de 27 de novembro a 8 de dezembro de 2017 em 28 países em todo o mundo. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.
Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso canal oficial.