(ANSA) – Em meio aos rumores de que a Coreia do Norte prepara o lançamento de múltiplos mísseis para as próximas semanas, dois bombardeiros supersônicos dos Estados Unidos sobrevoaram a península ao lado de caças da Coreia do Sul para dar uma demonstração de força ao regime de Pyongyang.
Os jatos partiram na tarde da última terça-feira (10) de Guam, território ultramarino norte-americano já ameaçado por Kim Jong-un, e entraram na chamada Zona de Identificação de Defesa Aérea Coreana (Kadiz) por volta de 20h50 (horário local).
Segundo o Comando do Estado-Maior de Seul, os bombardeiros B-1B dos EUA simularam ataques ar-terra no Mar do Japão com dois aviões militares sul-coreanos modelo F-15K. Em seguida, os jatos fizeram manobras na parte ocidental do Mar Amarelo. Os caças ficaram na região da península até 23h30.
Os mesmos bombardeiros já haviam realizado atividades similares com a Aeronáutica do Japão, em manobras definidas pelos EUA como “missões bilaterais nas proximidades da Coreia”. Além disso, em julho passado, os caças sobrevoaram a península após o disparo de um míssil intercontinental por Pyongyang.
Segundo a imprensa local, militares norte-americanos e sul-coreanos detectaram o transporte de 30 foguetes Scud para a cidade de Nampo, que abriga o maior porto da Coreia do Norte. A movimentação pode indicar a preparação para um possível lançamento múltiplo de mísseis de curto alcance.
Existe a expectativa de que Kim Jong-un ordene novos disparos em 18 de outubro, quando deve começar o 19º congresso do Partido Comunista da China. O lançamento simultâneo de foguetes seria incomum, mas não inédito. Em março de 2014, por exemplo, Pyongyang disparou 71 mísseis em uma única semana.
Essa seria uma forma de a Coreia do Norte mostrar que é capaz de diferentes tipos de ameaças, após o país ter passado os últimos meses concentrado em projéteis balísticos de longo alcance e testes nucleares.
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