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Argentina anuncia programa para obrigar presos a trabalhar e ‘arcar com custos’

O programa será inicialmente implementado nos centros de detenção federais, com a intenção de expandir para todo o sistema penitenciário do país.

O governo da Argentina anunciou recentemente um novo projeto que visa obrigar todos os presos do país a trabalharem durante o cumprimento de suas penas. A iniciativa foi divulgada pela ministra da Segurança Nacional, Patrícia Bullrich, na última quinta-feira (17/10), no lançamento do programa “Mãos para Trabalhar” no Centro de Detenção Federal Feminino de Ezeiza.

Segundo Bullrich, a proposta busca reduzir os custos do sistema penitenciário e garantir que os próprios detentos realizem a manutenção dos edifícios em que estão presos. O programa prevê o uso de biometria para controlar os horários de trabalho dos prisioneiros.

Cada uma destas prisões são impostos acumulados de cidadãos que são roubados, assassinados, violados e depois têm de juntar dinheiro para pagar a prisão de quem está lá dentro”, afirmou a ministra, justificando a necessidade da medida.

O programa será inicialmente implementado nos centros de detenção federais, com a intenção de expandir para todo o sistema penitenciário do país. O governo do presidente Javier Milei considera o “Mãos para Trabalhar” como um modelo que poderá ser seguido por outros países da América Latina. A ministra Bullrich destacou que, além de aliviar os custos penitenciários, o programa visa promover a ressocialização dos detentos, preparando-os para sua eventual reintegração à sociedade.

A princípio, o programa será implementado em centros de detenção federais e, posteriormente, expandido para todo o sistema penitenciário do país”, explicou Bullrich, detalhando a expansão futura da medida. A ideia é que todos os detentos sejam incluídos nessa rotina de trabalho, contribuindo diretamente para a manutenção das instalações.

Além disso, o governo pretende oferecer incentivos para os detentos que demonstrarem bom desempenho no trabalho, como reduções de pena ou a participação em programas de educação e qualificação profissional dentro dos presídios. “O programa pode ajudar na ressocialização dos presos, preparando-os para uma reintegração à sociedade após o cumprimento de suas penas”, afirmou a ministra, destacando o caráter transformador da iniciativa.

Embora a implementação ainda esteja em fase inicial, o governo já está planejando divulgar novas regulamentações nas próximas semanas. Bullrich reiterou que o programa busca aliviar o impacto financeiro do sistema prisional sobre os cofres públicos, ao mesmo tempo em que promove trabalho obrigatório e ressocialização.

O presidente Javier Milei, conhecido por suas posturas firmes em relação à segurança pública, acredita que o “Mãos para Trabalhar” poderá se tornar uma referência internacional em gestão penitenciária. A expectativa é que o modelo ofereça uma nova abordagem para o sistema penal argentino, ao mesmo tempo em que diminui a dependência do Estado para manter a infraestrutura das prisões.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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