Em resposta ao lançamento de um míssil balístico pela Coreia do Norte, as Forças de Autodefesa do Japão e o Exército dos EUA realizaram exercícios militares conjuntos nesta terça-feira (4) a oeste da ilha japonesa de Kyushu, informou em um comunicado o governo japonês.
“Este exercício bilateral reafirma a prontidão das Forças de Autodefesa do Japão e das Forças Armadas dos EUA, demonstrando a forte vontade e estreita cooperação entre o Japão e os Estados Unidos para responder a qualquer situação”, disse o comunicado, acrescentando ainda que esta medida “reforça as capacidades de dissuasão e resposta” de ambos os países.
Nos exercícios militares, as Forças de Autodefesa do Japão usaram quatro caças F-15 e quatro caças F-2, enquanto o Exército dos EUA participou com quatro caças multifunção F-35.
Já o Comando Indo-Pacífico dos EUA especificou, em duas declarações simultâneas, que ” após o lançamento de um míssil balístico norte-coreano sobre o Japão” foi tomada a decisão de realizar exercícios militares com as Forças Armadas do Japão e da Coreia do Sul. “Nosso compromisso com a defesa da República da Coreia e do Japão continua forte”, concluiu.
Coreia do Norte lança míssil sobre o Japão
Um míssil balístico disparado nesta terça-feira (4) pela Coreia do Norte passou por cima do território de Hokkaido e Aomori, no norte do Japão, e finalmente caiu fora da zona econômica exclusiva do país asiático, nas águas do Oceano Pacífico.
O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, condenou o novo teste balístico efetuado por Pyongyang, principalmente por ter sobrevoado o seu território, coisa que não acontecia há mais de cinco anos.
De acordo com o ministro da Defesa japonês, Yasukazu Hamada, Pyongyang provavelmente lançou um míssil balístico intercontinental Hwasong-12. Ele também acrescentou que a arma teria alcançado um alcance recorde na história dos testes de armas da Coreia do Norte, já que voou cerca de 4.600 quilômetros sobre o arquipélago japonês.
Os ministros das Relações Exteriores do Japão, dos EUA e da Coreia do Sul condenaram o novo teste de Pyongyang, assim como o presidente do Conselho da União Europeia, Charles Michel, que afirmou que a ação foi uma “agressão injustificável “.
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