(ANSA) – Os Estados Unidos atacaram a Síria na noite desta quinta-feira (6), lançando ao menos 50 mísseis, em um intervalo de poucos minutos, contra uma base aérea do regime de Bashar Al-Assad. Os disparos foram uma resposta ao ataque com armas químicas na província de Idlib.
Até o momento, os Estados Unidos realizavam ações na Síria contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) e por meio de bombardeios aéreos também no Iraque com o apoio de uma coalizão internacional. Os disparos de hoje, porém, foram diretamente contra o regime sírio e representam uma mudança na política externa do governo do novo presidente Donald Trump, além de ser a ordem militar mais dura emitida pelo magnata desde que tomou posse, em janeiro.
Os mísseis disparados são do tipo “Tomahawk”, de médio alcance e invisíveis a radares, e partiram de dois navios norte-americanos no Mar Mediterrâneo. O republicano Trump não tinha anunciado nenhum ataque contra a Síria, apesar de seus comentários sobre a guerra civil local terem se intensificado nos últimos dias.
Ainda não se sabe quais foram os danos provocados pelos mísseis. Acredita-se que o alvo seria a base de Shayrat e que o ataque teria atingido aviões, depósitos de combustível e trechos da pista de pouso e decolagem.
Histórico
A guerra civil na Síria começou há seis anos como um levante pacífico contra o governo de Assad e inspirado na Primavera Árabe. Sob a gestão de Barack Obama, os EUA apoiaram os rebeldes e pediram a saída de Assad do poder.
No entanto, o líder sírio recebeu apoio de outros países, como a Rússia, e conseguiu se manter, lutando militarmente contra as milícias opositoras. O regime foi acusado várias vezes de usar armas químicas contra civis e rebeldes. Na última terça-feira, um ataque químico contra uma região controlada por rebeldes matou ao menos 80 pessoas, entre elas 27 crianças. Em um pronunciamento, Trump disse que se tratava de “uma afronta à humanidade”.
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