(ANSA) – Um relatório referente ao inquérito do FBI contra Hillary Clinton revelou que funcionários da polícia federal dos Estados Unidos queriam impedir Donald Trump de chegar à Presidência.
A informação é do jornal norte-americano “The Washington Post“, que obteve um documento de 500 páginas do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
De acordo com o veículo, o agente Peter Strzok, um dos que investigavam Hillary pelo uso de e-mails privados em comunicações oficiais no Departamento de Estado, trocou mensagens com a advogada do FBI Lisa Page para impedir a vitória de Trump.
“Trump não virará presidente, certo?”, escreveu Page a Strzok. “Não. Não se tornará. Nós o impediremos”, respondeu o agente, que também atua no “caso Rússia”.
O mandatário dos EUA criticou duramente a postura do FBI contra Hillary, que acabou não sendo indiciada. Na época, a polícia era comandada por James Comey, que viria a ser demitido por Trump.
Segundo a “Associated Press“, que também teve acesso ao relatório da Justiça, Comey “não respeitou o protocolo, mas, ao mesmo tempo, não foi politicamente partidário”.
Hoje o inquérito que apura supostas interferências da Rússia nas eleições é comandado por Robert Mueller, também antigo membro do FBI e criticado por Trump. Recentemente, o mandatário classificou a investigação como “inconstitucional”.
No entanto, o “Washington Post” ressalta que o documento é “significativamente pequeno para apoiar a alegação do presidente e seus aliados de que a investigação foi manipulada em favor de Clinton”.
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