A fortuna de Mark Zuckerberg reduziu em US $ 3,8 bilhões nesta segunda-feira (19) depois que foi apresentado aos investidores alguns relatórios informando que a Cambridge Analytica – empresa de publicidade política, monitorou 50 milhões de usuários do Facebook sem o seu consentimento.
Devido essa repercussão, as ações do Facebook na Nasdaq – bolsa de valores eletrônica de Nova York, acumulam queda de mais de 7% no pregão desta segunda. Por volta de 12h45 (horário local), os papéis da maior rede social do mundo caíam 7,25% (US $ 172), após terem aberto o pregão já com desvalorização de 5,20%.
Com essa desvalorização, a fortuna de Zuckerberg caiu para US $ 71,5 bilhões no Índice de Bilhões da Bloomberg. Vale salientar que ele é a quarta pessoa mais rica do mundo, atrás apenas de Jeff Bezos, Bill Gates e Warren Buffett.
O “caso Cambridge Analytica” estourou no fim de semana, quando os jornais “The New York Times” e “The Guardian” publicaram que a empresa teria violado os dados de usuários nos EUA por meio de um teste de personalidade desenvolvido por Aleksandr Kogan, um acadêmico russo.
Ao todo, cerca de 270 mil pessoas teriam feito o teste, e Kogan teria tido acesso a dados de identidade, localização e dos contatos desses usuários, totalizando 50 milhões de indivíduos. Em seguida, teria repassado essas informações para a Cambridge Analytica, o que é proibido.
A empresa foi contratada pela campanha do então candidato à Presidência Donald Trump, que hoje vê membros de seu governo e sua família suspeitos de conluio com a Rússia para beneficiá-lo nas eleições. A consultoria também teria prestado serviço a grupos pró-Brexit.
As informações coletadas pelo teste de Kogan teriam sido usadas para entender o comportamento de eleitores e tentar direcionar suas escolhas. A firma de consultoria foi suspensa pelo Facebook.
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