No Brasil, os tumores de pele são os tipos de câncer mais comuns em cães e gatos. Devido a esta alta ocorrência, é muito importante conversar e se informar sobre o tema, para que seja possível o rápido diagnóstico e tratamento dos pets.
Com a chegada da campanha Dezembro Laranja, a Tutora da Liga Acadêmica de Oncologia do Centro Médico Veterinário (CMV), vinculado ao curso de Medicina Veterinária da Universidade Potiguar (UnP), Carol Maia, explica detalhes sobre o tema.
O câncer de pele pode se apresentar como um nódulo único ou disseminado, placas inflamadas ou ulcerações, por exemplo. “Pelo fato de a pele ser o maior órgão do corpo e ser externo, facilmente conseguimos identificar uma lesão precocemente”, afirma Carol.
As causas são variadas e muitas vezes desconhecidas, mas se sabe que alguns tipos de câncer têm como fator predisponente a exposição excessiva ao sol (radiação UV), inflamações crônicas, fatores genéticos e raciais.
De acordo com a médica veterinária, “os carcinomas correspondem ao tipo mais comum de câncer em gatos, que costumam se apresentar como nódulos ou feridas no focinho e orelhas de gatos de pelo e pele claras nessas regiões, devido à sensibilidade maior à exposição solar”.
“Em cães, além do carcinoma, comumente observamos hemangiossarcomas em região abdominal e inguinal de raças de pele clara que gostam de ficar deitados de barriga para cima sob o sol”, alerta Carol. Além destes, também estudos apontam o melanoma, mastocitoma e linfoma cutâneo como exemplos.
Alguns tipos de câncer de pele respondem bem à retirada cirúrgica e pouco à quimioterapia, portanto identificar e tratar precocemente é decisivo no prognóstico do paciente, já que quanto mais extensa a lesão, mais complicada será a cirurgia e mais chances de não se conseguir a cura.
“Mesmo tendo causas em sua maioria desconhecidas, podemos prevenir boa parte dos tipos de câncer evitando a exposição solar excessiva de cães e gatos, principalmente os que tem pele e pelos claros, além do uso de protetor solar”, diz a veterinária.
Ela complementa explicando que é importante passear com o animal em horários onde a radiação solar seja menor. “Além disso, manter um hábito de vida saudável e alimentação balanceada pode ajudar o pet não só nisso, mas em outras variadas enfermidades, elevando sua expectativa de vida”, aponta Carol Maia.
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