(ANSA) – O índice de desmatamento na Amazônia Legal cresceu 212% no mês de outubro, na comparação com o mesmo período do ano passado, indicando a manutenção da tendência de alta nas taxas de devastação da floresta.
O número está em um relatório divulgado na terça-feira (3) pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), ONG sediada em Belém (PA) e que fornece indicadores mensais de desmatamento.
Segundo o Imazon, o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), ferramenta de monitoramento baseada em imagens de satélites e criada em 2008, detectou 583 quilômetros quadrados de destruição na Amazônia Legal em outubro passado.
Isso representa uma alta de 212% em relação ao mesmo mês de 2018, quando o índice havia sido de 187 quilômetros quadrados. A derrubada da floresta se concentrou sobretudo no Pará (59%), seguido por Mato Grosso (14%), Rondônia (10%), Amazonas (8%), Acre (6%), Roraima (2%) e Amapá (1%).
Já a degradação na Amazônia, que mede o “distúrbio parcial provocado pela extração de madeira ou por incêndios”, totalizou 618 quilômetros quadrados em outubro, crescimento de 394% em relação ao mesmo período de 2018. A degradação ocorreu majoritariamente no Mato Grosso (74%), mas também apareceu no Pará (17%), em Rondônia (7%), no Amazonas (1%) e em Tocantins (1%).
As taxas de desmatamento medidas pelo Imazon registram altas seguidas desde julho, mas o crescimento de outubro é o maior do ano até aqui em termos proporcionais. No acumulado dos 10 primeiros meses de 2019, o índice de destruição é de 5,6 mil quilômetros quadrados, crescimento de 24% em relação ao mesmo período de 2018.
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