O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter sob sigilo o acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão, tomada na terça-feira, 26 de novembro de 2024, justifica-se pela existência de diligências em andamento relacionadas ao caso.
A manutenção do sigilo abrange os depoimentos prestados por Cid, que foi convocado a depor após negar, em depoimento anterior à Polícia Federal (PF), ter conhecimento de um plano golpista para atentar contra a vida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio ministro Moraes.
Apesar da negativa inicial, investigações da Operação Contragolpe apontam a participação de Cid em uma reunião na casa do general Braga Netto, em Brasília, no dia 12 de novembro de 2022, considerada parte da trama golpista. O ex-ajudante de ordens, durante seu depoimento recente, prestou esclarecimentos e os benefícios de sua delação premiada foram mantidos, incluindo o direito de responder às acusações em liberdade.
Vale ressaltar que, em 2024, Cid firmou acordo de delação premiada com a PF, comprometendo-se a revelar informações relevantes sobre fatos ocorridos durante o governo Bolsonaro. Entre os assuntos incluídos no acordo estão as vendas de joias sauditas e a fraude em cartões de vacinação do ex-presidente. A decisão de Moraes de manter o sigilo ocorre uma semana após o STF validar o próprio acordo de delação, reforçando a complexidade e a sensibilidade das investigações em curso.
Outras notícias relacionadas: A reportagem destaca que outras notícias relacionadas ao tema circularam na mesma semana, como a decisão do ministro Moraes de retirar o sigilo de um inquérito sobre uma tentativa de golpe, e a informação da PF sobre a atuação de seis núcleos criminosos em relação aos acusados dessa mesma tentativa de golpe. Há também reportagens detalhando a decisão do STF de manter a validade do acordo de delação premiada de Mauro Cid e a ação da PF, que afirma que Bolsonaro atuou de maneira “direta e efetiva“ para tentar um golpe.
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