O ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), permissão para participar da missa de sétimo dia em memória da mãe de Valdemar Costa Neto, presidente do PL. A cerimônia está programada para a próxima segunda-feira (9), em Mogi das Cruzes (SP).
Inicialmente, Bolsonaro havia pedido autorização para comparecer ao velório de Leila Caran Costa, falecida aos 99 anos. Embora o ministro Moraes tenha concedido a permissão, por volta das 13h30 do dia 3 de dezembro, o ex-presidente informou ao STF que não conseguiu comparecer devido a problemas logísticos e de tempo. O pedido havia sido feito às 10h do mesmo dia.
A necessidade de autorização se justifica pela decisão do ministro Moraes, que, no âmbito das investigações da Operação Tempus Veritatis da Polícia Federal, proibiu Bolsonaro e Valdemar Costa Neto de manterem contato. Este inquérito apura a suspeita de planejamento de um golpe de Estado em 2022.
No novo pedido ao STF, a defesa de Bolsonaro reiterou o compromisso de cumprir integralmente as medidas cautelares impostas, incluindo a proibição de conversas com Valdemar Costa Neto sobre as investigações. A defesa afirmou: “O peticionário compromete-se expressamente a cumprir de forma rigorosa todas as restrições impostas pelas medidas cautelares em vigor, abstendo-se de manter qualquer diálogo acerca das investigações em curso, reafirmando, assim, seu pleno respeito às determinações judiciais“.
Embora Bolsonaro não tenha restrições para viagens internas no Brasil, seu passaporte permanece retido, impedindo-o de deixar o país. Esta restrição está relacionada às investigações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado e a venda irregular de joias recebidas durante seu mandato presidencial.
A retenção do passaporte também inviabiliza a presença de Bolsonaro na posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em janeiro de 2025.
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