Assim como fez a 99 – aplicativo de transporte de passageiros, o iFood vai aumentar o valor mínimo da rota dos entregadores junto do ganho sobre quilometragem rodada em entregas.
O plano do aplicativo de comida é, sobretudo, reduzir o impacto do aumento de preços dos combustíveis e da inflação.
A mudança passa a valer a partir de 2 de abril e faz com que valores mínimos de rota de entrega subam de R$ 5,31 para R$ 6. Com ela, disse o iFood, nos próximos 12 meses serão pagos cerca de R$ 3,2 bilhões para os entregadores parceiros. Os reajustes devem impactar 50% das rotas que atualmente são realizadas de moto e 70% das que são feitas com bicicleta.
A taxa sobre quilômetro rodado deve aumentar em 50%, subindo de R$ 1 para R$ 1,50. Assim, o entregador que percorrer em serviço 10km, por exemplo, passará a ganhar pelo menos R$ 15 — antes, faturava R$ 10.
Segundo a empresa, um entregador que cumprir uma carga horária de trabalho de 169 horas por mês — uma média de aproximadamente oito horas por dia considerando cinco dias úteis — passa a faturar R$ 3.020 brutos mensais.
Com esse novo valor, o autônomo deve ter um ganho líquido de duas vezes e meia acima o salário mínimo e 33% superior ao teto dos motofrentistas.
Para Claudia Storch, diretora de operações do iFood, a nova política de preços da companhia é condizente com o que as entidades representativas dos trabalhadores consideravam ideal. Para ela, esta é uma forma de “valorizar o trabalho dos nossos parceiros”.
“Estamos continuamente em busca de soluções que promovam melhorias em nossa relação e no dia a dia de trabalho de todos que atuam com o iFood. Temos acompanhado o mercado e sabemos do nosso papel de gerar cada vez mais oportunidades para o ecossistema onde atuamos. Revisamos processos, fizemos contas e nos organizamos para poder aumentar os ganhos, em um atual cenário difícil da economia, e minimizar os efeitos da alta de preços no país”, disse Storch.
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