(ANSA) – Com o novo grande surto de casos de coronavírus Sars-CoV-2, o oxigênio disponível para uso nos hospitais de Manaus, capital do Amazonas, acabou nesta quinta-feira (14) e os profissionais de saúde denunciam um cenário caótico com pacientes morrendo asfixiados.
Inúmeros relatos nas redes sociais de médicos e enfermeiras falam de alas inteiras que ficaram sem o oxigênio – e que o problema não atingiu apenas os pacientes com Covid-19, mas em todos os tipos de tratamento. Policiais e associações chegaram a levar cilindros para ajudar os hospitais.
Desde o dia 8 de dezembro, as Forças Armadas iniciaram uma força-tarefa para levar cilindros de oxigênio à capital amazonense, mas a quantidade ainda não é suficiente porque o volume necessário aumentou mais de 10 vezes nas últimas semanas.
Além da falta de oxigênio para aqueles que já estão internados, o governo informou que há cerca de 360 pessoas aguardando por um leito no estado e que 46 esperavam transferência para UTIs.
De acordo com o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC/AM), será iniciada uma operação para transferir pacientes para outros estados, como Goiás, Piauí, Maranhão e Paraíba. Além disso, será decretado toque de recolher das 19h às 6h.
Em dezembro, com o avanço de casos de Covid-19, o governador tinha decretado lockdown com o fechamento do comércio, mas após protestos dos empresários e comerciantes, voltou atrás na medida.
No entanto, o número de casos voltou a atingir os níveis do primeiro grande pico, no início do ano passado, e o estado voltou a sofrer com a crise sanitária.
O Amazonas tem contabilizados 223.360 casos de Covid e 5.930 mortes pela doença até o momento.
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