Uma explosão na Ponte de Igapó, na Zona Norte de Natal, causou apreensão entre os motoristas e moradores da região no final da tarde desta terça-feira (21). Segundo informações da polícia, por volta das 17h30, um artefato explosivo foi detonado na cabeceira do acesso à ponte. O barulho foi ouvido por moradores de bairros vizinhos, como São Gonçalo do Amarante, Felipe Camarão e Km6.
A explosão aconteceu embaixo da ponte e as forças policiais foram acionadas e interditaram a via, que é uma das mais movimentadas da cidade, nos dois sentidos. O Rio Grande do Norte chegou ao seu oitavo dia sob ataques de criminosos, que já atingiram pelo menos 56 cidades do estado.
As imagens compartilhadas nas redes sociais mostram uma grande nuvem de fumaça sobre a ponte logo após a explosão. No entanto, a equipe do Bope, que foi acionada para a ocorrência, informou que “aparentemente não houve danos na estrutura” da ponte.
De acordo com a Polícia Militar, a vistoria técnica do Bope, embaixo da ponte, constatou que “se tratava de um recipiente com pólvora prensada, similar à fogos de artifício, que produziu um alto efeito sonoro com presença de fumaça”. A ativação do artefato não causou nenhum dano estrutural na ponte.
Vídeos que circulam nas redes sociais desde esta tarde mostram o momento em que a bomba foi detonada e moradores relatam o que escutaram e mostram imagens da fumaça no sentido Zona Norte/Bairro Nordeste. Por volta das 18h30, as polícias Militar, Rodoviária Federal e o Bope isolaram os dois acessos e só alguns minutos liberaram a volta dos veículos em direção ao bairro Nordeste, Zona Oeste da capital.
A Polícia Militar do Rio Grande do Norte (PMRN) enviou nota oficial confirmando que Esquadrão AntiBombas do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) foi acionado para atender a ocorrência na Ponte de Igapó.
Até o momento, ninguém foi preso. As investigações sobre a autoria e motivação do ataque ainda estão em andamento. A polícia já está trabalhando com a hipótese de que os ataques seriam uma represália de facções criminosas contra a instalação de bloqueadores de celulares nos presídios do estado.
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