O ex-ministro da Saúde Nelson Teich disse nesta quarta-feira (5), em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, que deixou o cargo em maio de 2020, após apenas 29 dias, por não ter autonomia e liderança para conduzir a pasta, o que considerava necessário para colocar suas funções em prática.
“Essa falta de autonomia ficou mais evidente em relação às divergências com o governo quanto à eficácia e extensão do uso do medicamento cloroquina para o tratamento da Covid-19”, disse.
O ex-ministro, que é médico oncologista, disse que não era de seu conhecimento que o Exército produziu cloroquina para o tratamento de covid-19 e que sua orientação foi contrária ao uso do medicamento, que poderia apresentar “efeitos colaterais”, diferente do presidente Jair Bolsonaro que defende seu uso. Conforme estudos, não há eficácia científica para o uso do medicamento no combate à covid-19.
Ontem o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta foi ouvido na CPI. Na quinta-feira (6) será a vez do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e do diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres. O ex-ministro Eduardo Pazuello deve prestar depoimento no dia 19 de maio.
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