(ANSA) – Suspenso há quatro meses, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, foi demitido pela entidade máxima do futebol mundial nesta quarta-feira (13), após seu envolvimento em um escândalo de venda ilegal de ingressos para a Copa do Mundo de 2014.
Essa é a segunda vez que a Fifa abre mão dos serviços de Valcke. Em 2006, ele havia sido afastado do cargo de diretor de marketing sob a acusação de ter mentido em negociações com empresas interessadas em patrocinar a entidade, mas foi nomeado como secretário-geral no ano seguinte, tornando-se braço direito do presidente Joseph Blatter.
Por meio de comunicado, a federação afirmou apenas que o vínculo com o cartola francês foi rompido, mas não entrou em detalhes. No entanto, Valcke é alvo de denúncias feitas pelo empresário Benny Alon, que participa da venda de ingressos para a Copa desde 1990.
Segundo ele, o agora ex-secretário-geral teria faturado 2 milhões de euros com a comercialização de bilhetes para o Mundial de 2014. A companhia de Alon, a JB Marketing, recebia as entradas do cartola, as vendia com ágio de até 200% e depois repassava metade dos lucros ao parceiro. O acordo envolvia inclusive partidas da seleção brasileira e até a final do torneio.
Na semana passada, o Comitê de Ética da Fifa recomendou uma suspensão de nove anos para o francês por conta do escândalo. Ao menos por enquanto, o alemão Markus Kattner seguirá no lugar de Valcke como secretário-geral.
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