(ANSA) – Além das mudanças sociais, econômicas e políticas, a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) poderá impor alterações também no meio esportivo, principalmente no futebol e na Fórmula 1. “Atualmente, um italiano pode jogar em qualquer equipe europeia sem nenhum problema, mas esse direito na Inglaterra não existirá mais”, disse o advogado Pierfilippo Capello, filho do treinador Fabio Capello e especialista em direito esportivo.
De acordo com ele, o primeiro ponto a ser analisado é o artigo da legislação da Fifa sobre a transferência de atletas de 16 a 18 anos de idade sem contratos profissionais, largamente usada por clubes ingleses para adquirir jogadores no exterior. Pierfilippo Capello também alertou para as dificuldades que funcionários de clubes e do meio esportivo poderão encontrar com as mudanças na legislação do Reino Unido na UE, além dos investimentos e da livre circulação de capitais entre os clubes.
“Hoje em dia, grandes capitais chegam à Inglaterra provenientes de fora da Europa. Refiro-me aos proprietários de grandes clubes. Surgirão problemas quando se discutirá o capital para a compra e venda de jogadores”, comentou o especialista. “Mas acredito que o sistema se adaptará facilmente a esta nova situação”, acrescentou.
Já o chefão da Fórmula 1, o britânico Bernie Ecclestone, que defendia a saída do país da UE, afirmou que a categoria de automobilismo perderá no próximo ano “uma ou duas corridas na Europa”. “Não posso dizer quais provas sairão do calendário, mas as novas incorporações não serão europeias”, disse o empresário, que no início da semana voltou a ameaçar que a temporada de 2017 passará a ter 18 corridas, e não mais 21.
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