(ANSA) – A Comissão de Ética da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) afastou neste domingo (6) o presidente da entidade, Rogério Caboclo, por 30 dias por conta de uma denúncia formal de assédio sexual e moral de um funcionária da entidade.
O prazo pode ser prorrogado se o comitê precisar de mais tempo.
Com isso, Caboclo responderá internamente à denúncia e o presidente temporário será o vice mais idoso, atualmente, Antonio Carlos Nunes, conhecido como Coronel Nunes.
A denúncia da funcionária foi revelada na última semana pelo portal especializado “Globo Esporte”, com o depoimento da vítima, que não quis se identificar. Por meio de sua assessoria, Caboclo negou as acusações e disse que provará sua inocência no processo interno.
Desde que a denúncia foi publicada, patrocinadores da seleção brasileira vieram a público cobrar esclarecimentos e que uma investigação séria fosse conduzida.
A troca no momento ocorre em um momento de crise inédita entre Caboclo e a seleção – sejam os atletas ou a comissão técnica. Os jogadores ficaram indignados com a forma com que foram informados que o Brasil sediaria a Copa América, em anúncio feito na última semana pelo governo federal e a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).
A equipe informou que dará sua posição formal após a partida contra o Paraguai, pelas Eliminatórias, no dia 8 de junho, mas o técnico Tite antecipou a insatisfação dos jogadores.
Neste domingo, o repórter André Rizek, do canal SporTV, informou que Caboclo teria prometido ao presidente Jair Bolsonaro que trocaria Tite por Renato Gaúcho após o jogo de terça – o que seria uma interferência política passível de punição pela Fifa.
Bolsonaro ficou indignado que os jogadores criticaram a decisão de sediar a competição de última hora, após a Argentina desistir por conta do avanço da pandemia de Covid-19 no país.
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