Esportes

No “último tango de Messi”, Argentina vence a França e conquista o tricampeonato mundial

Hermanos voltam a levantar a taça do mundo após 36 anos de espera

Num triunfo sofrido, a seleção argentina venceu neste domingo (18) a França por 4 a 2 nos pênaltis, em duelo disputado no campo do Estádio Nacional de Lusail, conquistando o tricampeonato mundial.

O título coroou o nome de Lionel Messi na seleção, que busca chegar na mesma prateleira ocupada por Diego Maradona nos corações dos “hermanos”. Na sua despedida da competição, o camisa 10 fincou, mais uma vez, seu nome na história do futebol e ergueu o tão almejado troféu de Campeão do Mundo.

Nascido em Rosário, o maior atleta do esporte no século iniciou sua carreira na categoria de base do Newell’s Old Boys, clube em que Maradona atuou entre 1993 e 1994. Ainda cedo, o gênio precisou se mudar para Barcelona e entrar em La Masia, centro de formação dos jogadores que vestirão a camisa da equipe blaugrana.

A seleção sul-americana abriu o placar aos 22 minutos, após Messi cobrar com maestria um pênalti cometido por Dembelé sobre Di Maria.

Já aos 35 minutos, Messi filtrou uma bola para deixar Di Maria na frente do gol, oportunidade que ele não perdeu e definiu pela esquerda antes da saída do goleiro Lloris, ampliando a vantagem para os argentinos.

Aos 79 minutos, Mbappé diminuiu a diferença para os franceses, após mandar um pênalti para o fundo das redes. Dois minutos depois, aos 81 minutos, o atacante francês faria o bis, com excelente chute de pé direito do lado esquerdo da área, que deixou o goleiro rival sem chances.

Na prorrogação, aos 107′, Messi fez o terceiro gol da Argentina ao finalizar um rebote a poucos metros do gol, mandando a bola para o fundo das redes.

Aos 115 minutos, um chute de meia distância acertou o braço de um zagueiro dentro da área, dando pênalti para a França, que Mbappé aproveitou, mandando o jogo para a disputa de pênaltis.

Já na série de pênaltis, Montiel disparou pela direita, mandando a bola para o fundo da rede, para dar uma vitória agonizante a ‘Scaloneta’.

A Alviceleste se classificou em primeiro lugar no grupo C, no qual venceu México e Polônia e perdeu na estreia, de forma surpreendente, para a Arábia Saudita. Já na fase eliminatória, venceu a Austrália por 2 a 1, derrotou a Holanda nos pênaltis nas quartas de final e garantiu sua passagem para a grande final após vencer a Croácia por 3 a 0.

Melhores momentos de Argentina x França

Messi na seleção

A estreia do craque na seleção Argentina aconteceu em agosto de 2005 em um amistoso contra a Hungria. Na ocasião, ele entrou durante o segundo tempo, mas foi expulso com um minuto de jogo.

Na Copa do Mundo de 2014 disputada no Brasil, pela primeira vez, o nome do principal jogador da seleção surgiu em uma das canções que eram entoadas nas ruas e nas arquibancadas. Através do camisa 10 surgia a esperança do encerramento de um longo de títulos.

No entanto, a Argentina acabou com o vice-campeonato ao ser derrotada na decisão contra a Alemanha. Nos dois anos seguintes, mais dois vices em Copas Américas contra o Chile e a desilusão do gênio fez com que ele pensasse em se aposentar com a camisa da Albiceleste. Decisão precipitada e que, felizmente, não aconteceu.

De lá para cá, Messi disputou o Mundial em 2018 em um elenco conturbado sob comando de Jorge Sampaoli, perdeu companheiros, como Gonzalo Higuaín e Kun Agüero, mas recebia novos companheiros. Estes o tratavam como uma espécie de Deus a ser protegido a qualquer custo e por quem os devotos do camisa 10 iriam dar tudo de si para vê-lo feliz com a seleção.

Em 2021, a Argentina venceu por Messi a Copa América contra o Brasil, no Maracanã. Era o primeiro título de um gênio com sua seleção e a alegria estava estampada no rosto de um sonhador. Em 2022, o craque ergueu seu segundo troféu com o triunfo sobre a Itália na Finalíssima. E, após chegar no Qatar como uma das equipes favoritas ao título, a Albiceleste chegou na final.

Agora, na Copa do Mundo de 2022, Messi mostrou mais uma vez por que é chamado de “gênio do futebol”.

Tricampeã mundial

Campeã em casa, em 1978, e no México, oito anos depois, a Argentina ergueu a taça do mundo pela primeira vez longe do continente americano. Em 22 edições, esta é a terceira vez que o feito acontece. As anteriores foram em 1958 (Suécia) com o Brasil e em 2014 (Brasil) com a Alemanha.

Assim como em 1986, o título argentino tem um protagonista destacado. Se lá atrás, o cara foi Diego Armando Maradona, desta vez, teria de ser Lionel Messi. Quis o destino que o craque, de 35 anos, na última Copa da carreira, pudesse, enfim, levantar a taça mais cobiçada do planeta. Mais que isso, sendo o maestro de uma equipe que jogou, é claro, pelo país, mas também pelo camisa 10. Além de campeão, Messi encerrou a competição como vice-artilheiro (com sete gols) e jogador com mais partidas na história dos Mundiais (26, à frente do alemão Lothar Matthäus).

O título coroa uma campanha que, na primeira rodada, parecia improvável. Apesar de favorita, a Argentina estreou derrotada pela Arábia Saudita, por 2 a 1, de virada. O tropeço deu fim a uma sequência de 36 jogos de invencibilidade. A recuperação teve início com a vitória por 2 a 0 sobre o México. O triunfo para cima da Polônia, pelo mesmo placar, deu aos hermanos a liderança do Grupo C. Nas oitavas e nas quartas de final, classificações sofridas ante Austrália (2 a 1) e Holanda (nos pênaltis, após empate em 2 a 2 no tempo normal). Na semifinal, a grande atuação da equipe, no 3 a 0 aplicado na Croácia.

Os franceses, então atuais campeões, sentiram o gosto amargo do vice pela segunda vez – a primeira foi em 2006. Perderam a chance de repetir o Brasil de Pelé e Garrincha, última seleção a vencer duas Copas seguidas, entre 1958 e 1962. A juventude do elenco dos Bleus, cheio de nomes abaixo dos 30 anos (21 dos 25 convocados), entre eles o craque Kylian Mbappé, mostra, porém, que os europeus permanecerão fortes rumo ao próximo Mundial, em 2026 (Estados Unidos, Canadá e México).

Do Portal N10 com Agência Brasil

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Romário Nicácio

Administrador de redes, estudante de Ciências e Tecnologia (C&T) e Jornalismo, que também atua como redator de sites desde 2009. Co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, com um amplo conhecimento em diversas áreas.Com uma vasta experiência em redação, já contribuí para diversos sites de temas variados, incluindo o Notícias da TV Brasileira (NTB) e o Blog Psafe. Sua paixão por tecnologia, ciência e jornalismo o levou a buscar conhecimentos nas áreas, com o objetivo de se tornar um profissional cada vez mais completo.Como co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, tenho a oportunidade de explorar ainda mais minhas habilidades e se destacar no mercado, como um profissional dedicado e comprometido com a entrega de conteúdo de qualidade aos seus leitores.Para entrar em contato comigo, envie um e-mail para romario@oportaln10.com.br.

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