Antes do treinamento da tarde da última sexta-feira (18), o elenco principal do América recebeu a visita e assistiu uma palestra do grupo de elite da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) no auditório do CT Dr. Abílio Medeiros, em Parnamirim.
O tenente coronel Mendonça, a convite do técnico Roberto Fernandes, iniciou a palestra fazendo um comparativo de estratégias usadas na polícia e no futebol direcionadas ao “campo inimigo”. O intuito era de mostrar que uma preparação bem feita somada ao foco no objetivo traz resultados eficazes e incontestáveis.
“Estive hoje (18) a tarde no CT do América para fazer uma palestra motivacional e, a título de motivação, foram alguns componentes do BOPE que torcem pelo América e que, voluntariamente, foram nos ajudar na palestra. Não há custo operacional porque o pessoal que foi estava de folga e, como torcedores, resolveram nos acompanhar. Outro fato é que a Polícia Militar faz várias palestras em vários locais e instituições, como forma de estreitarmos os laços com a comunidade, haja visto que por trás da farda que representamos há pessoas que tem sentimento, inclusive de torcer por uma equipe de futebol e consequentemente querer usar os meios que dispõe, no nosso caso o conhecimento tático, para ajudar nosso time que torcemos”, relatou.
O pensamento, agora, é melhorar o rendimento fora de casa e na próxima segunda-feira (21), o alvirrubro entrará em campo para um importante desafio frente ao Confiança-SE no estádio Batistão, em Aracaju, pela penúltima rodada da primeira fase da Série C do Campeonato Brasileiro. Uma vitória classifica, antecipadamente, o Mecão à segunda fase do certame.
“O Bope só trabalha em terreno inimigo. Quando o Bope entra em ação, ele não atua no quartel, porque lá ele só treina. A ação dele é na casa do adversário. Muitos conceitos, por ser filho de militar eu sei, que são aplicados na Polícia Militar de elite servem para o futebol e cabem perfeitamente para uma equipe de alto rendimento. Foi uma palestra muito legal, porque fez algumas comparações e acho que a principal delas é o senso de responsabilidade e comprometimento, que por exemplo, um soldado do Bope tem”, analisou Roberto Fernandes.
No final da palestra, um grupo do BOPE – todos de folga, torcedores do América e voluntários – “invadiu” o auditório numa clara de demonstração de que o “fator surpresa no campo do inimigo” pode ser o diferencial no sucesso da missão.
https://www.youtube.com/watch?v=vapAgFSRAh0&feature=youtu.be
“A gente teve que fazer o acionamento como é feito na (abordagem) real, porque é o nosso dia a dia, do mesmo modo que o dia a dia deles é o treinamento (de futebol). Então, nós fizemos um acionamento com uma granada e, após, o adentramos ao local. A gente simulou a entrada de um cômodo. No caso, eles estavam em uma palestra e fizemos a entrada de demonstração como seria próximo da realidade. Lógico que não poderíamos fazer porque eles estão se preparando para o jogo. Tem certas coisas que a gente não poderia utilizar para uma entrada real. Tivemos que fazer essa adaptação, mas bem próxima da realidade. Fizemos a simulação. Depois que dominamos o ambiente, passamos a proferir alguma palavras para o pessoal” explicou o tenente Luiz Barros, relações públicas do Bope.
Após o “susto”, os atletas caíram na gargalhada apontando uns aos outros e aplaudiram a ação dos convidados. “Cara, levei o maior susto na hora mas acabou sendo engraçado. Teve jogador pulando da cadeira já procurando um canto onde se esconder. Do mesmo jeito que eles (BOPE) chegaram de surpresa e dominaram a situação, temos que fazer no futebol na casa do adversário. Os campos são diferentes, mas a tática tem que ser a mesma”, disse o zagueiro Zé Antônio Potiguar.
Com informações da Assessoria do América FC
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