A forrozeira Rita de Cássia morreu nesta terça-feira (3) em Fortaleza. Rita, que tinha 54 anos, estava internada em um hospital particular da capital cearense desde 1º de janeiro, onde recebia tratamento contra uma fibrose pulmonar idiopática.
Rita de Cássia é conhecida como uma das principais compositoras do forró, tendo suas músicas gravadas por bandas e artistas como Mastruz com Leite, Amelinha, Aviões do Forró e Frank Aguiar. São delas composições como “Meu Vaqueiro, Meu Peão”, “Saga de um Vaqueiro” e “Jeito de Amar”.
Nas últimas postagens nas redes sociais, a cantora desejou feliz ano novo no hospital onde estava internada. Ela falava com a voz fraca, em consequência da doença. Confira:
A doença causa “cicatrizes” e enrijecimento dos pulmões, dificultando a respiração. Segundo o Ministério da Saúde, as causas da fibrose pulmonar são desconhecidas.
O corpo de Rita será levado para Alto Santo – no Vale do Jaguaribe, cidade natal da cantora, onde ela será velada e sepultada.
Entenda o que é fibrose pulmonar
De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, a fibrose pulmonar idiopática é uma forma crônica e progressiva de pneumonia; ou seja, uma forma da doença que não se cura rapidamente e avança pelos pulmões.
A doença também causa fibroses (cicatrizes) nos pulmões, que levam ao endurecimento dos tecidos pulmonares, dificultando assim a respiração. Segundo o Ministério da Saúde, o termo idiopático, que dá nome à doença, é utilizado quando as causas da enfermidade são desconhecidas.
Os principais sintomas são tosse (normalmente é seca), falta de ar e fadiga ao realizar pequenos esforços, que e costumam piorar com o passar do tempo. A ocorrência desta doença é mais comum em homens com mais de 50 anos e pode estar associada ao tabagismo.
Evolução da doença
Na maioria das vezes, a evolução da doença é lenta e progressiva, levando à grave insuficiência respiratória (dificuldade de respirar) e podendo evoluir para óbito (morte). Não existem estudos descrevendo o número de pacientes acometidos pela doença no Brasil.
Tratamento no Sistema Único de Saúde
O Ministério da Saúde do Brasil ainda não possui Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para tratamento da fibrose idiopática.
Atualmente, os tratamentos disponíveis no SUS são:
- antitussígenos: medicamentos que aliviam a tosse;
- morfina: para alívio de dores;
- corticoterapia: tratamento com corticoides, que reduzem inflamação;
- oxigenoterapia: assistência na respiração do paciente;
- transplante: possibilidade de realização do transplante de pulmão.
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