A expectativa em relação à vida profissional é grande e vai desde “o que eu quero ser quando crescer”, a “trabalhar com o que eu gosto ou com o que vai me dar dinheiro?”. Um levantamento realizado pela Harvard Business Review em parceria com a The Energy Project com cerca de 12 mil executivos de diferentes empresas mostrou que os que enxergam algum propósito em sua atividade profissional sentem 1,7% vez mais satisfação no trabalho, tornam-se 1,4% vez mais engajados, e, portanto, têm três vezes mais chances de permanecer no emprego atual.
Segundo levantamento do Instituto Locomotiva, 56% dos colaboradores com carteira assinada no Brasil se dizem insatisfeitos com seu emprego. Além disso, há cerca de 12 milhões de desempregados no país. Ainda que os dados não sejam muito animadores, a expectativa geral para 2020 é de melhora com relação à situação econômica do país. A previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB), de 2,08% para 2,17%, divulgada pelo Banco Central, ainda que nos possa parecer uma variação pequena, cria bons indícios pelo seu viés de alta, – e isso é muito bom.
Diante desse cenário é importante manter o otimismo, avaliarmos o contexto e, eventualmente, ajustar o rumo. Nunca desistir e seguir adiante, pois o mercado está cada vez mais competitivo e exigente. Mas lembre-se: para a construção de uma carreira estável e de acordo com o seu perfil, é preciso que alguns mitos sejam quebrados.
O professor Uranio Bonoldi, da Fundação Dom Cabral especialista em tomada decisão aponta quatro mitos sobre esse assunto. Confira:
Universidade renomada garante um bom emprego? Claro que uma boa faculdade vai ajudar na sua formação, porém, só ela não é sinônimo de sucesso profissional. O seu empenho, e o tempo que você dedica aos estudos conta muito mais. “Ter uma rotina de estudos e fazer cursos relacionados a área também contribuem para o seu aprendizado, além de agregar valor ao currículo”, argumenta Uranio.
Seguir a mesma carreira profissional dos pais? Muitos jovens são influenciados pelo sonho de carreira dos pais, o que acaba criando pressão, expectativas e frustrações em ambos. “Colocar o peso do sonho profissional nos filhos não é uma boa escolha. Os filhos precisam ser autores de suas próprias histórias e escolhas, é importante viver suas experiências e sonhos sem depender daquilo que os pais esperavam”, comenta Bonoldi.
Puxar saco garante promoção? Pessoas que agem simplesmente na intenção de agradar ao chefe ou a um superior, não estão interessadas em criar um vínculo de relações verdadeiras. Puxar saco pode funcionar para algumas pessoas, mas não sustentam uma carreira. Muitas das pessoas que praticam o “puxa-saquismo” às vezes conseguem alguma coisa, mas não se garantem sozinhas, – esse tipo de atitude não se sustenta. “É preciso competência para manter qualquer relação profissional, então, vale a pena investir em você e nas suas capacidades, que assim, as promoções virão com certeza”, enfatiza o professor.
Dinheiro, o grande mito! Temos que concordar: ter dinheiro é bom, principalmente quando ele pode te proporcionar a realização de sonhos. “Não podemos negar que o dinheiro é um dos objetivos que almejamos durante nossa carreira. Todos precisamos pagar contas e manter as despesas do dia a dia. Mas também é preciso questionar se realmente vale a pena ganhar muito dinheiro e não ser realizado profissionalmente. Fazer o que gostamos é importante para construirmos uma carreira sólida”, finaliza Uranio.
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