Pesquisa desenvolvida pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), divulgada este ano, apontou que o número de brasileiros que usam a internet com regularidade chega a 126,9 milhões. O número representa 70% da população do país. Dados do Facebook apontam que o Brasil tem 130 milhões de usuários na rede social. O número garante a terceira posição no ranking internacional. No Instagram, o Brasil lidera o ranking com 16 milhões de usuários. No Linkedin são 29 milhões de inscritos. Outro levantamento realizado pela rede de agências de marketing e relações públicas Ecco, presente em 40 países, revelou que houve um crescimento de 55% na quantidade de CEOs ativos no Linkedin no Brasil.
De acordo com Marcelo Camorim, especialista em gestão e governança, a presença dos altos executivos nas redes sociais é positiva por aproximar a empresa dos clientes e públicos de interesse e por permitir um acompanhamento mais próximo do que é compartilhado e comentado sobre a empresa e seu mercado nesses canais. Ele destaca que eles devem ser orientados para não cometerem gafes nessas plataformas. “É preciso cautela para que os líderes não manifestem posições pessoais controversas e em desacordo ao posicionamento institucional. O executivo não pode esquecer que representa uma empresa o tempo todo. Isso acontece mesmo quando fala em um perfil pessoal privado, somente para comprar seguidores numa rede social”, explicou.
Recrutadores usam redes sociais como ferramenta para seleção
O especialista ressalta que a premissa vale também para profissionais de outros setores da empresa. Segundo ele, o processo seletivo, em muitas organizações passa por uma visita pelos perfis nas redes sociais. Por este motivo, quem busca colocação ou uma promoção, a comunicação nestas plataformas se torna fundamental para êxito ou fracasso.
“É aconselhável que os posicionamentos sejam realizados com bom senso e equilíbrio, levando em consideração aquilo que deve ser postado ou comentado e aquilo que deve ser ignorado para que os perfis sociais permaneçam apropriados e alinhados com a sua trajetória profissional”, disse Camorim. Ele enfatiza ainda que bons perfis, com publicações relacionadas a área de atuação contam em favor do profissional, por mostrar dedicação e interesse.
Camorim revela que a atenção deve ser redobrada quando já se está empregado. “Mesmo que o profissional não exerça um papel de liderança é importante que busque, nas suas plataformas digitais, manter uma conduta condizente com o perfil da empresa para evitar desgastes com colegas e com clientes”, explica.
Dicas para não se prejudicar profissionalmente nas redes sociais
Para auxiliar os profissionais a manter uma conduta correta e que o auxilie a crescer, Camorim deixou algumas dicas. Confira:
- Não critique o local em que você trabalha ou trabalhou;
- Lembre-se que a sua imagem é ou será associada ao local em que trabalha, portanto mesmo nas redes sociais é preciso lembrar que tudo que você fizer pode prejudicar a sua imagem ou da empresa;
- Não faça comentários maldosos sobre clientes. Isso pode gerar rescisão de contratos e afastar potenciais novos clientes;
- Fique atento às regras gramaticais. Escrever corretamente é fundamental;
- Jamais faça comentários racistas, homofóbicos e/ou misóginos. É muito rude e pode ter grandes consequências, além da demissão;
- Controle a privacidade do que é publicado: é possível escolher se o post será visto por todos ou apenas pelos seus amigos;
- Escolha uma boa foto para colocar no seu perfil;
- Preocupe-se com a sua aparência, afinal ela é também um cartão de visitas.
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