Até 2026, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) estima a criação de aproximadamente 200 mil novos empregos diretos e indiretos somente no mercado de energia eólica. Uma das explicações para isso seja a necessidade de ampliar as soluções para o mercado energético brasileiro que atualmente enfrenta uma crise hídrica e uma ameaça de falta de energia.
A possível criação de novos postos de trabalho encontra outra necessidade: trabalhadores especializados no ramo. “A demanda por modernização do setor requer, além de investimentos, mão de obra especializada, com foco em eficiência energética e fontes renováveis. A recente crise hídrica só confirma essa necessidade”, explica o coordenador dos cursos de Engenharia da Faculdade Anhanguera, Jads Victor Paiva dos Santos.
De olho nessa demanda, o Ministério de Minas e Energia publicou o estudo “Profissões do Futuro na Área de Energia e Implicações para a Formação Profissional“. De acordo com o órgão, o objetivo da publicação é “sistematizar a pesquisa da demanda por formação profissional do setor produtivo e da oferta de qualificação por instituições de ensino, realizando uma análise de matchmaking com foco em ocupações futuras prioritárias na área de energia”. A análise foi realizada baseada em quatro frentes: geração de energias renováveis, redes inteligentes de transmissão e distribuição, mobilidade elétrica, eficiência energética e resposta da demanda.
Segundo o levantamento, para que as transformações do setor sejam concretizadas, é necessário que também que ocorra uma estruturação na educação que forma profissionais na área. “Para concretização das transformações energéticas é fundamental o fortalecimento das capacidades das estruturas educacionais existentes, além da inserção de novos conhecimentos e habilidades nas ofertas educacionais”, aponta o material.
Da parte do profissional, o professor Jads aconselha atenção com as mudanças e novas tendências para o ramo. “O profissional que deseja atuar nesse setor deve estar inteirado das mudanças e tendências do mercado de energia. É um novo perfil, exigindo mais competências e conhecimento em novos modelos de negócios e gestão energética”, avalia. “Certamente é um cenário promissor, com remuneração atrativa. Quem apostar nesse setor não vai se arrepender da decisão”, conclui.
Confira, abaixo, as 10 profissões do futuro e suas formações na área de energia listadas pelo estudo do Ministério de Minas e Energia:
- Gestor de Regulação e Políticas Públicas (Engenharias, Administração e Direito)
- Analista, Especialista e Gerente de Inteligência de Mercado (Engenharias e Economia)
- Especialista de Gestão Energética (Engenharias e Arquitetura)
- Gerente de Infraestrutura de Recarga e Instalação de Eletropostos (Engenharias: Civil, Elétrica e Automação; e Administração)
- Consultor de Novos Negócios (Engenharias)
- Engenheiro Automotivo (Engenharias: Elétrica, Mecânica, Automação e Automotiva)
- Especialista de Operação de Redes (Engenharias: Elétrica e de Energia)
- Analista e Gerente de Frotas (Engenharias: Transporte e Civil; e Administração)
- Analista e Gerente de Projetos (Engenharias: Elétrica, Mecânica e Automação) 10. Desenvolvedor de Aplicações (Engenharias: Elétrica e Automação; e Computação)
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