Um questionamento recorrente no mundo empresarial é se a automatização de alguns processos de trabalho pode ameaçar profissionais de determinadas áreas, entre elas a contabilidade. Nesta quinta-feira (22 de setembro), comemora-se o Dia do Contador, data em que, no ano de 1945, foi criado o primeiro curso superior de Ciências Contábeis no Brasil. Até então, só existiam cursos técnicos e profissionalizantes.
De lá para cá muita coisa mudou, a profissão conquistou lugar de destaque, mas qual o futuro dessa profissão? Conversamos com Rui Cadete – presidente do RC Hub e fundador da marca que se tornou referência na área em nível nacional – sobre quais são os caminhos esperados para a contabilidade. De acordo com ele, a tecnologia assume, na verdade, o que é repetitivo na rotina empresarial, mas há coisas que só um profissional pode fazer pelo cliente.
Ele defende que esses avanços tecnológicos vêm para facilitar os processos internos, como a construção de demonstrativos, declarações, planilhas etc. Assim, a automatização não é uma ameaça à contabilidade, já que os contadores têm habilidades e qualidades que a tecnologia não consegue desenvolver.
“Estudar, se relacionar, estar presente nas empresas dos clientes, compreendendo cada vez mais o negócio deles e contribuir com a gestão são atividades que só o ser humano consegue. E, cada vez mais, precisamos levar esse conhecimento aos nossos clientes”, explica o empresário.
Há poucos meses, a marca Rui Cadete – especializada em assessoria contábil – assumiu um novo posicionamento no mercado nacional: passou a integrar a RC Hub, um ecossistema que engloba outras sete empresas da área de gestão empresarial. Rui Cadete defende que essa mudança caminha para o que acredita ser o futuro da contabilidade.
“O trabalho contábil será cada vez mais colaborativo, ou seja, as empresas de contabilidade e gestão devem ser uma rede, um sistema especializado onde os profissionais somam suas habilidades e competências para oferecer aos clientes a melhor solução possível. E, para isso, contamos com ajuda da tecnologia: a internet não conhece limites físicos, com ela estamos presentes em qualquer lugar, é uma forte aliada”, afirma o contador.
Mas ele alerta: o futuro da profissão está no desenvolvimento das pessoas. “Hoje, o maior problema das empresas de contabilidade não é a falta de tecnologia, mas a falta de pessoas qualificadas para trabalhar com a tecnologia que evolui todos os dias. Acredito que a empresa deve oferecer um ambiente fértil ao desenvolvimento dos colaboradores, tanto como seres humanos quanto como profissionais”, pontua Rui Cadete.
Para o empresário, são essas empresas, comprometidas com as pessoas, que conseguirão sucesso no futuro. Pois terão contadores capacitados, que irão conduzir as melhores experiências aos seus clientes. “A tendência é que a contabilidade seja realizada em tempo real, com os dados internos da empresas. Por isso a importância da gestão empresarial para o futuro da profissão de contador e para a saúde das empresas”, finaliza.
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