Economia

Sem reajuste da Petrobras, defasagem da gasolina sobe para 18%

De acordo com Associação, para alinhar os preços com o mercado internacional as refinarias brasileiras deveriam elevar, em média, a gasolina em R$ 0,75 por litro

Com os preços ainda congelados pela Petrobras, que alega utilizar outra fórmula para medir a defasagem de preços em relação ao mercado internacional, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) registrou, no fechamento dessa quinta-feira (27), preços 20% menores para o diesel e de 18% para a gasolina no mercado brasileiro.

A estatal está há 56 dias sem alterar o preço da gasolina e há 38 dias sem reajustar o diesel.

Segundo apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o governo pressiona a empresa para manter os preços inalterados pelo menos até o fim do segundo turno das eleições, no próximo domingo (30 de outubro).

Especialistas preveem que após a eleição presidencial os preços devem subir, o que é negado pela Petrobras, que afirma que utiliza uma metodologia diferente para medir a defasagem e que seus preços, no momento, estão alinhados ao mercado internacional.

Para o presidente da Abicom, Sérgio Araújo, causa surpresa a empresa não fazer reajustes, após mais de 15 dias de defasagem nos preços dos combustíveis, já que quando o petróleo caiu de preço, em setembro, a estatal reduziu imediatamente tanto a gasolina como o diesel.

Eu vejo com surpresa, porque, se olharmos para algumas semanas atrás, a Petrobras trabalhava com o preço acima da paridade nos cálculos da Abicom e, naquele momento, reduziu preços e passou a tangenciar as curvas do PPI (Preço de Paridade de Importação) preparadas por nós. Então não entendo essa diferença agora”, disse Araújo.

Na prática, o executivo afirma que os parâmetros da Abicom bateram com os da Petrobras para a baixa de preços, e estranha que agora, sob pressão altista, o mesmo não aconteça. Com os preços atuais, os pequenos importadores associados da Abicom não têm condições de trazer os combustíveis de fora pela falta de competitividade.

De acordo com levantamento da Abicom, para alinhar os preços com o mercado internacional as refinarias brasileiras deveriam elevar, em média, a gasolina em R$ 0,75 por litro e o diesel em R$ 1,25 por litro.

Na Bahia, onde funciona a única refinaria de grande porte privada do País, vendida pela Petrobras no ano passado, as defasagens são menores. Segundo a Abicom, a diferença de preços no mercado baiano é de 13% no caso do diesel e de 8% na gasolina.

Principalmente o preço do diesel tem sido pressionado no mercado externo por conta do início do inverno no hemisfério norte, que se soma à queda de oferta por causa da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Mas a gasolina também tem seguido uma tendência altista pelo aumento de consumo nos Estados Unidos.

Por Estadão Conteúdo*

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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