O preço do gás de cozinha no Rio Grande do Norte está prestes a sofrer mais um aumento, com previsão de alta de R$ 5 até o dia 6 de setembro. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Revendedores Autorizados de Gás Liquefeito de Petróleo (Singás-RN), Ivo Lopes, que destacou que este será o segundo reajuste em apenas 60 dias.
O aumento anterior, ocorrido em julho, foi impulsionado por um reajuste anunciado pela Petrobras, que elevou o preço do gás de cozinha e da gasolina nas refinarias. Esse movimento fez com que o preço final do botijão de 13 kg subisse até R$ 10 em alguns locais. Agora, o novo reajuste reflete, em parte, o dissídio coletivo dos trabalhadores do setor, tradicionalmente realizado em setembro, e já foi repassado pelas distribuidoras aos revendedores.
“Não podemos prever exatamente o preço que será praticado pelos revendedores, uma vez que o mercado é livre,“ explicou Lopes. No entanto, ele apontou que, em média, o preço do gás retirado diretamente nos depósitos deve ficar em torno de R$ 110, enquanto o valor para entrega ao consumidor pode variar entre R$ 115 e R$ 120.
Esse patamar de preços remete a valores praticados no estado há cerca de dois anos, quando o botijão de gás chegou a ser comercializado por R$ 120. O impacto dessa alta será sentido especialmente pelos consumidores que recebem um salário mínimo de R$ 1.412, para os quais qualquer aumento nos preços de bens essenciais representa uma redução significativa no poder de compra.
A alta no preço do botijão de gás de cozinha ocorre em um momento delicado, em que as famílias brasileiras, especialmente aquelas de baixa renda, já enfrentam dificuldades para equilibrar o orçamento doméstico devido à inflação e ao custo de vida crescente. Para os consumidores do Rio Grande do Norte, a previsão é de que esses reajustes tornem ainda mais desafiador o acesso a produtos de primeira necessidade, como o gás de cozinha.
Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso canal oficial.