Economia

Dólar fecha próximo a R$ 6 após pacote fiscal gerar desconfiança

O dólar comercial atingiu nesta quinta-feira (28) seu maior valor histórico, fechando próximo a R$ 6, a R$ 5,98. A alta de 1,30%, que levou a cotação a R$ 5,9910, reflete a incerteza do mercado em relação ao pacote de medidas fiscais anunciado pelo governo federal. Este é o maior valor nominal de fechamento da história, superando o recorde anterior, e representa uma elevação de 23,49% em 2024.

Apesar da pressão no mercado cambial por dois dias consecutivos, o Banco Central optou por não intervir com leilões extras de moeda, uma estratégia que se repete nos últimos anos. Já na quarta-feira (27), antes mesmo do anúncio oficial do pacote, o dólar havia ultrapassado a marca de R$ 5,90, impulsionado pelas expectativas do mercado.

Às 17h27, o dólar para dezembro, o contrato mais líquido do mercado brasileiro, registrava alta de 0,64%, cotado a R$ 5,9975.

Pacote Fiscal: Cortes e Contenção

O governo anunciou um pacote de corte de gastos obrigatórios estimado em R$ 70 bilhões para os próximos dois anos: R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026. O objetivo é equilibrar as contas públicas e garantir a sustentabilidade do arcabouço fiscal em vigor desde o ano passado. O anúncio foi feito na noite de quarta-feira (27) e detalhado na manhã de quinta-feira pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Rui Costa (Casa Civil).

As medidas incluem:

  • Redução a médio prazo do abono salarial;
  • Teto para o reajuste do salário mínimo;
  • Fim de brechas que burlam o teto de supersalários no serviço público;
  • Reforma na previdência dos militares;
  • Limitação na concessão de benefícios fiscais enquanto o governo apresentar déficit;
  • Teto no crescimento das emendas parlamentares.

Além disso, o governo anunciou isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000,00. Segundo o governo, essa medida terá impacto zero nas contas públicas e antecipa a segunda fase da reforma tributária, que trata da cobrança do Imposto de Renda.

Divergências entre Governo e Mercado

O ministro Fernando Haddad declarou que o mercado financeiro “tem errado nas projeções e precisa fazer uma ‘releitura’”. Ele destacou a diferença entre as projeções iniciais do mercado, que estimavam um crescimento do PIB de 1,5%, e a realidade atual, com um crescimento próximo a 3,5%. Haddad também apontou discrepâncias nas previsões de déficit público, com o mercado estimando 0,8% do PIB e o governo prevendo 0,25%. “Nem em crescimento e em déficit o mercado acertou”, acrescentou o ministro.

* Com informações da Reuters

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Romário Nicácio

Administrador de redes, estudante de Ciências e Tecnologia (C&T) e Jornalismo, que também atua como redator de sites desde 2009. Co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, com um amplo conhecimento em diversas áreas.Com uma vasta experiência em redação, já contribuí para diversos sites de temas variados, incluindo o Notícias da TV Brasileira (NTB) e o Blog Psafe. Sua paixão por tecnologia, ciência e jornalismo o levou a buscar conhecimentos nas áreas, com o objetivo de se tornar um profissional cada vez mais completo.Como co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, tenho a oportunidade de explorar ainda mais minhas habilidades e se destacar no mercado, como um profissional dedicado e comprometido com a entrega de conteúdo de qualidade aos seus leitores.Para entrar em contato comigo, envie um e-mail para romario@oportaln10.com.br.

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