O mercado financeiro brasileiro vivenciou mais um dia de intensa volatilidade nesta segunda-feira (2 de dezembro de 2024). O dólar comercial fechou em R$ 6,069, representando uma alta de R$ 0,068 (+1,13%) e atingindo o maior valor nominal desde a criação do real, um recorde preocupante para a economia brasileira.
A cotação da moeda americana se manteve em alta durante todo o dia, chegando a atingir seu pico máximo de R$ 6,09 por volta das 13h. Essa valorização acentuada do dólar reflete as incertezas que pairam sobre o cenário econômico nacional.
Enquanto isso, a Bolsa de Valores brasileira (B3) experimentou um dia de oscilações. O índice Ibovespa, principal termômetro do mercado acionário, encerrou o pregão com uma queda de 0,34%, fixando-se em 125.235 pontos. Apesar de ter registrado uma breve alta de 0,13% por volta das 14h50, a tendência negativa se consolidou nas últimas horas de negociação.
A principal causa para essa instabilidade nos mercados, segundo analistas, é a indefinição em relação ao pacote fiscal e às mudanças propostas para a faixa de isenção do Imposto de Renda. O governo, até o momento, não encaminhou ao Congresso Nacional a proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita o valor do abono salarial, nem os projetos de lei que visam reformular a previdência dos militares e alterar a cobrança do Imposto de Renda. Essas medidas foram anunciadas na quinta-feira (28), gerando expectativa e, posteriormente, frustração pela falta de avanço concreto.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, passou a tarde no Palácio do Planalto finalizando a redação das propostas, buscando um consenso antes de seu envio ao Legislativo. A demora na apresentação dessas medidas contribui para a incerteza no mercado e influencia diretamente na valorização do dólar e na queda da Bolsa.
A expectativa é que a definição dessas políticas econômicas tenha um impacto significativo na estabilidade do mercado financeiro. A aprovação do pacote de corte de gastos, que prevê uma economia de R$ 327 bilhões em cinco anos, é crucial para a confiança dos investidores e a contenção da inflação.
Vale ressaltar que, segundo informações da Reuters, a incerteza em torno dessas mudanças políticas e econômicas também contribui para a situação.
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